Um espaço de cidadania que visa preencher as lacunas - propositais ou não - existentes nas reportagens e artigos veiculados na grande imprensa.
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terça-feira, 26 de maio de 2015
Acabou o dinheiro
O ministro da Fazenda Joaquim Levy proclamou a todos, em alto e bom som: acabou o dinheiro.
Vale questionar: acabou para quem?
Claro que não irá faltar dinheiro ao esquema dos empréstimos do BNDES, "secretos" apenas para os órgãos de fiscalização, ao Congresso e aos que não são da quadrilha. Esse está irrigado desde o final de 2014 com R$ 50 bilhões.
O programa Bolsa Família foi adubado com mais R$ 21,3 bilhões, após o corte para o "ajuste fiscal" anunciado pelo governo. Fácil de entender esse generoso aumento.
As emendas parlamentares, que somam cerca de R$ 9 bilhões, certamente serão liberadas seletivamente aos que apoiarem o governo. Toma lá, dá cá.
Os 38 ministérios serão inchados ainda mais, exaurindo o Tesouro Nacional.
Os cargos comissionados, secretarias e diretorias governamentais, atualmente no balcão de negócios do Congresso, serão alargados para caber os "aliados" da hora.
O aumento de 300% do Fundo Partidário, aprovado na Câmara, não foi vetado pela presidente Dilma e já entrou na coluna das despesas.
O aumento de 75% ao funcionalismo do Poder Judiciário, certamente não será sustado. São favas contadas para as despesas.
Os impostos de: renda, importação, Cide, sobre os lucros dos bancos e da folha de pagamento das empresas já foram elevados.
Significativa redução dos direitos dos trabalhadores, quanto ao seguro desemprego, pensão por morte e abono salarial (PIS-PASEB), é motivo de muita chantagem e corrupção entre o governo e os políticos.
Serão R$ 18 bilhões por ano tirados do bolso dos trabalhadores e de suas famílias, principalmente os mais necessitados.
A nova regra para aposentadoria, aprovada no Congresso em 27.05.15), irá permitir que o trabalhador se aposente com o salário integral, porém é muito provável que sofra o veto da presidente Dilma, que os parlamentares não terão interesse de derrubar. A regra é clara: para nós, tudo; para eles, nada.
Os sorteios das loterias da CEF continuam adubando a horta dos sortudos laranjas, sob a fiscalização de auditoria externa contratada pela própria CEF. Do mesmo jeito que é feito nas eleições com urnas eletrônicas e apuração informatizada, onde nenhuma das inúmeras falhas registradas teve apuração, investigação, emissão e divulgação de relatório conclusivo-corretivo.
Ora, e se os juros da dívida pública já vão tirar cerca de R$ 280 bilhões do Tesouro Nacional, conforme previsto, continua aumentando! Em 2013 foram R$ 185,8 bi e em 2014 R$ 251,1 bilhões. Para isso tem de ter dinheiro.
E se o governo assina empréstimo de US$ 53,3 bilhões com bancos da China, para aplicar em infraestruturas (ferrovias, rodovias, aeroportos, energia, transporte, portos, armazéns, etc), em condições desfavoráveis, devido a atual fragilidade financeira, aumentando ainda mais essa dívida!
Bom, os que já estão marcados para ficar mesmo com bem menos dinheiro, são os serviços de: saúde, médico-hospitalares, programas educacionais, Pronatec, universidades, FIES, Pro Une, segurança, Minha Casa Minha Vida e todos aqueles outros que não fazem parte do programa explícito de saque ao erário, conforme as diretrizes do 5º Congresso Nacional do PT, a serem aprovadas nos dias 11, 12, 13 e 14 de junho próximo, em Salvador-BA.
A declaração Joaquim Levy foi feita diretamente aos congressistas, que vão votar contra os direitos dos trabalhadores, e a seus apoiadores-financiadores.
Traduzindo para o popular, fica assim. Se o Congresso não aprovar as MP's e as propostas do governo petista, os parlamentares, partidos e financiadores vão sofrer por isso. Seja por aumento de impostos, corte de financiamentos, de contratações, de dotação, de compras, de pagamentos, etc.
Essa pressão sobre os parlamentares, tem muito a ver com a guerra de gangues patrocinada por Cunha, Renan, Temer, Dilma e Lula, para açambarcar maior botim.
Nessa guerra, o governo petista usa de todo seu poder de per$ua$ão junto aos indecisos. Usa as centenas de gajos empoleirados nos gabinetes, todas as redes sociais disponíveis, os meios de divulgação institucionais, as mais caras propaganda promocionais e os milhares de servidores do partido aparelhados no funcionalismo público, de modo a ocupar grande parte do noticiário nacional com mobilizações e desinformações forjadas para esse fim.
Vamos entender melhor essa expansão e ocupação do noticiário pelos petista.
Só na Petrobras, o novo presidente que substituiu Graça Foster, Aldemir Bendine, ficou surpreso com o número de pessoas que encontrou alocadas na diretoria de comunicação: cerca de 1.146. Mais gente do que há nos três maiores jornais do país (Globo, Folha e Estadão), que trabalham e operam em regime de 24 horas por dia! Terá trabalho a relocar tanta gente de "confiança".
E em todas as demais áreas do governo há grupos significativos produzindo propaganda, factoides, polêmicas, calúnias, convites e mentiras. Muita mentira, desinformação e confusão.
Se engana quem acha que o PT está na lona. Tá nada! O partido tem a chave do cofre e a maioria no STF. É pouco? Tem bilhões em caixa, aqui e lá fora.
Tem ainda cerca de 600 mil cargos comissionados trabalhando só para enriquecer os chefões, o partido, e para impedir o crescimento do movimento popular contra o desgoverno.
E o pior: não há oposição política no Brasil. Tanto isso é verdade, que o PT já há algum tempo está fazendo de conta que é oposição. Joga nas onze.
Ocupa o espaço da legítima oposição, que ora empreende marcha de protesto até Brasília (dia 27, quarta-feira), onde provavelmente se encontrará com os militantes do MST, que, coincidentemente, vão reivindicar melhorias nos programas de assentamento e financiamento da agricultura familiar.
Vejo que são as pessoas indignadas que estão a assumir a oposição no Brasil. Precisam de todo o nosso apoio.
Está faltando um líder.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Descarada mente
A mentira é crime. Mais conhecido atualmente como falsidade ideológica, que define o uso por parte do criminoso, de artifícios, enganações tramadas, subterfúgios, informações e documentação falsas, visando obter vantagens sobre uma pessoa, um grupo, uma nação. As declarações da candidata Dilma Rousseff se encaixa no chamado estelionato eleitoral, onde um político promete, acusa, distorce, frauda e mente descaradamente para se eleger. Nas prisões, entre os detentos, esse crime é conhecido pelo o número 171 do artigo do Código Penal que o define:
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Vivemos sob um governo que usa a mentira, sistematicamente, para confundir os cidadãos menos atentos, enganá-los, obter vantagens e saquear os recursos da União.
Uma frase recente de Lula revela a disposição de utilizar de tudo para continuar no poder: "Eles nem imaginam do que somos capazes de fazer!".
Se Lula dissesse essa frase em 2003 não poderíamos imaginar o que os governos petistas cometeram nesses 12 anos, segundo o conhecimento parcial que temos hoje. Mas já dá para comprovar que tudo que o PT promove é para enriquecimento do partido, dos chefões e apaniguados.Hoje não é preciso imaginação para ver do que o chefe da quadrilha e seus paus-mandados são capazes.
Parte disso já é denunciado há tempos, constatado a cada escândalo, sempre sob a negativa dos chefões e dos advogados. Os crimes também são reveladas candidamente nas declaração descaradas dos chefões do PT, da presidente Dilma, de seus ministros de governo e de seus aliados, atropelando os poucos limites morais e éticos remanescentes.
A declaração na TV de um líder sindicalista paulista mostra a total falta de ética enraizada no PT: "Se a empresa contratada está ganhando bem, ela pode contribuir com as despesas do partido. Todos saem ganhando".
Paulo Roberto Costa deixou claro que não há contribuição de empresa a partidos, há empréstimo, que será devolvido em forma de licitações fraudulentas, sobrepreço, aditivos graciosos e outras formas a empresa quando o partido estiver no poder.
O esquema de cobrar propina da contratadas pelos governos petistas é estabelecido de forma sistemática e determinante desde o início. O assassinato do prefeito Celso Daniel apresenta as características da corrupção implantada a ferro e fogo nos escalões do PT.
Para os grandes "esquemas" vão os especialista em dissimulação, paus mandados que se sujeitam aos chefões do partido, que definem o endereço do dinheiro desviado.
Em visita no dia 11.05.15 ao jornal A TARDE, o senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou:
"A estrutura. (do Carf) é um escândalo. O Conselho é paritário, foi criado para o cara não pagar imposto. Metade dos conselheiros é indicada pelas empresas e metade pela Receita Federal, para julgar as multas (em última instância). E sabe quem é a vice-presidente hoje do Carf? A advogada-chefe do Bradesco, que é o maior devedor. Resultado, não se dá uma linha sobre o caso (na imprensa)."
A partir de uma carta anônima à Polícia Federal, o Carf está sendo investigado desde 2013 pela Operação Zelotes*, a qual apurou que desde 2005 um esquema é usado para cobrar propina das grandes empresas em troca de redução ou cancelamento de multas tributárias. Em apenas 74 processos, levantou um prejuízo de 19 bilhões de reais à Receita Federal.
O esquema de facilidades é visível para quem tem olhos de ver. Cada processo é analisado e julgado por seis conselheiros: três representantes indicados pela Receita e três pelos empresários. Basta que um conselheiro da Receita seja cooptado e vote a favor do parecer que reduz ou isenta as multas. Pronto, a empresa está. livre de parte ou de todo ônus.
Em telefonema interceptado com autorização judicial, um conselheiro que se manteve no cargo até 2013, confirma o esquema:
"Aqui no Carf só os pequenos devedores pagam, os grandes não."
"Abate multas, se paga 30% disso e resolve o ajuste fiscal. Só 780 empresas têm a pagar ao erário R$ 357 bilhões. Não precisa mexer no seguro desemprego, etc.".
Dá para imaginar porque os governantes corruptos não adotaram a solução proposta e porque pouco se fala e se esclarece na mídia sobre a Operação Zelotes.
Afinal, são duas Petrobras a roubar.
Sendo assim, somente após notícias divulgadas via internet - como este blog que vos fala - a Receita Federal resolveu, ontem (12.05), "apertar o cerco" contra 3.854 grandes devedores pessoas jurídicas, cujas dívidas com o Fisco já somam R$ 427 bilhões, monitorando os bens, periodicamente, em cartórios, declarações de IR, bolsas de valores e departamentos de trânsito, quanto a vendas e transferências a terceiros de imóveis, ações, aeronaves, veículos, embarcações, participações e aplicações financeiras, visando detectar vendas e alienações de bens que caracterizem delapidação intencional para frustrar o pagamento integral da dívida com o Fisco.
Caso seja detectado movimento significativo nessa direção, a Receita Federal pedirá o bloqueio dos bens da empresa.
Surpreendente, nesse caso, é que esse procedimento estabelecido em publicação no DOU (Diário Oficial da União) de ontem, já existia para os contribuintes pessoas físicas, sendo só agora estendido para pessoas jurídicas com "o objetivo de alavancar a arrecadação", segundo o subsecretário de arrecadação da Receita Federal, Sr. Carlos Roberto Occaso.
Demoroou!
Enquanto isso, o Sr. Ricardo Pessoa da UTC, investigado pela Operação Lava Jato, considerado presidente do "Clube das Empreiteiras", assinou hoje (13.05) em Brasília, acordo de delação premiada que será submetido a aprovação de Teori Zavascki, ministro do STF.
Ricardo foi intimo de Lula durante seus dois governos e no de Dilma. Tem muito a ajudar
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* Zelotes, eram os judeus que não aceitavam a cobrança de impostos pelos romanos.
O vocábulo grego significa fanáticos, grupo que se fortaleceu a partir do ano 6 a.C. e promoveu a revolta que resultou na destruição de Jerusalém por Tito no ano 70 d.C.
No latim, o vocábulo consolidou o significado de zeloso: o atento que cuida.
No evangelho de Lucas, um dos doze escolhidos por Jesus era Simão, o Zelote. Pedro também se chamava Simão, até ser considerado por Jesus a pedra fundamental da Igreja. Isso ressalta o risco da armadilha preparada para Jesus, embrulhada na questão comum: "É justo pagar imposto a César?"
# Continua, denunciando outras formas que os quadrilheiros usam para saquear a Nação.
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