Pesquisar este blog

domingo, 28 de maio de 2017

Polícias em Brasília

Quando, na calada da noite ocorre invasão em prédios públicos com incêndio, furto de documentos, a polícia abre "rigoroso inquérito" para investigar o fato, identificar e responsabilizar os culpados.

Pela dificuldade do trabalho da perícia poucos casos são esclarecidos e poucos criminosos punidos.

Semana passada, em Brasília, assistimos esse tipo de crime ser realizado frente às câmeras de vídeo e do aparato policial arregimentado para proteger os prédios públicos e seus ocupantes.

Entretanto, apesar de tudo ter sido acompanhado e gravado, a polícia não autuou nem um dos criminosos que avançaram sobre os policiais, invadiram e danificaram prédios e bens públicos, provocaram incêndios e aterrorizaram funcionários.

Mesmo tendo conhecimento da chegada de quinhentos ônibus fretados pelos organizadores da mobilização contra o governo Temer – um mínimo de 500 x 45 = 22.500 pessoas – parece que não houve preparação adequada por parte das polícias e dos serviços de inteligência, responsáveis pela Esplanada dos Ministérios e áreas vizinhas.

Há notícia de que nove pessoas foram detidas e liberadas logo em seguida, após a assinatura de um termo de responsabilidade! 


O governo diz que vai cobrar dos organizadores – movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos – os prejuízos materiais estimados em R$ 2 milhões! 
Mas alguém já viu alguma cobrança de tipo ser efetivada? 

Os organizadores já disseram que houve “infiltrados” na mobilização!


Afinal, o que impede as forças policiais se prepararem para autuar em flagrante os criminosos que causam esses danos?

O roteiro é conhecido de todos: a manifestação é pacífica até que black  blocs “infiltrados” promovam a depredação de bens públicos e particulares.


E apesar de saberem disso há tempos, as forças policiais não atuam para impedir a depredação e prender os criminosos em flagrante, com provas em fotos e vídeos.


Por que os comandos das polícias permitem que isso se repita a cada manifestação? 

Até quando vão deixar que isso ocorra sem tomarem medidas efetivas para identificar e responsabilizar os criminosos autuados em flagrante delito?

terça-feira, 23 de maio de 2017

Sem vergonha

Diante das investigações e denúncias contra os membros da Organização Criminosa instalada na cúpula da governança do País, muitas pessoas dizem sentir vergonha de ser brasileiro. 

Alguns confessam que sairão do país na primeira oportunidade, pois não aguentam mais tantos crimes, tanta corrupção. Isso merece um alerta. 

Por que deveria sentir-me envergonhado por crimes cometidos por outras pessoas? 

Eu não sinto vergonha de ser brasileiro, de morar no Brasil. 
Nem de manter esperança em um Brasil limpo de criminosos travestidos de governantes. 

Mas, certamente, ficaria muito envergonhado se optasse morar em outro país com menos escândalos, deixando de atuar nesse momento crucial da reconstrução do Brasil. 

Os povos de países sem tantos escândalos lutaram e continuam lutando pelo aprimoramento da governança de lá. 

Ficaria envergonhado se fosse usufruir o bem estar conquistado por outros povos, enquanto fujo da responsabilidade de atuar na melhora do meu país. 

Enquanto puder, continuarei por todos os meios alertando e denunciando as ações criminosas engendradas pelos grupos que saqueiam os recursos da Nação há décadas. 

Sinto-me honrado por ser brasileiro!



sexta-feira, 19 de maio de 2017

Limpeza na política

Para tumultuar os trabalhos do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça de remover da vida pública, um a um, os criminosos que saqueiam o país há décadas, estão propondo convocação de eleições diretas. 

Até uma PEC vai nesse sentido. 

Isso é próprio dos políticos ameaçados pelas investigações em andamento. 

Pretendem substituir a remoção criteriosa das cartas sujas do jogo democrático, por um embaralhamento geral, com a intenção de bagunçar as apurações das responsabilidades dos crimes cometidos. 

São três as saídas constitucionais para a crise: renúncia, investigação-impeachment e cassação da chapa Dilma-Temer pelo STE. 

Todas mantém os atuais investigados em seus habitats, de modo a permitir as apurações dos crimes cometidos no contexto, suas conexões e consequências.

Os criminosos vão tentar de tudo para bagunçar o trabalho de limpeza do atual sistema político que, mancomunado com os pagadores de contas e mimos, saqueiam os recursos da Nação até hoje.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Eleições 2018

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou campanha para obter o registro biométrico dos eleitores. Desse modo, só terá direito a votar o eleitor que tiver seu cadastro biométrico no Sistema Eleitoral, evitando a fraude de um eleitor votar pelo outro.

Urna eletrônica com impressão de voto

O mesmo TSE, entretanto, não mostrou  ter tomado providências efetivas para a implantação do voto impresso, conforme Projeto de Lei aprovado pelo Congresso Nacional, que sofreu veto da então presidente Dilma Rousseff, que foi derrubado pelos parlamentares e, finalmente, integrado na Lei nº 13.165 de 26/11/2015.

A Lei determina que o processo com impressão do registro do voto será implantado “até a primeira eleição geral subsequente à aprovação dessa Lei”. Ou seja, o voto impresso estará valendo nas eleições gerais de 2018.

O consultor legislativo do Senado Arlindo Fernandes e o professor de ciência de Computação da Universidade de Brasília (UnB) Pedro Resende consideraram que o voto impresso vai garantir mais transparência nas eleições.

O senador João Capiberibe (PSB-AP) esclarece que caso haja necessidade de auditoria na eleição, com o voto impresso isso pode ser realizado com segurança e qualidade.

Com a divulgação das delações de membros do alto escalão da governança, conhecemos a abrangência do esquema de corrupção da Organização Criminosa.
Isso nos impede de acreditar ou afirmar, que alguma instituição da República esteja totalmente livre do aparelhamento feito pelos criminosos.

É preciso que tomemos consciência dos riscos que a democracia brasileira corre se não forem tomadas as providências para a impressão do voto nas eleições de 2018.

O registro biométrico impede fraudes localizadas, feitas com a anuência dos membros da Mesa Receptora de Votos.

Já o voto impresso impede fraudes sistêmicas em escala nacional.


Adendo: 
A urna da foto foi utilizada nas eleições de 2002 no Distrito Federal e em Sergipe. Modelos mais compactos já são utilizadas e aprovadas nas eleições da Argentina. O assessor da STI/STE, Elmano de Sá Alves, diz que embora a impressão do voto apresente suas dificuldades próprias o TSE reconhece como legítimo o desejo dos representantes do povo em tornar os resultados das eleições mais auditáveis. "Nesse sentido, o voto impresso será implementado com a esperança de que ele melhore a confiança no voto digital por parte dos eleitores e dos eleitos."

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Delação de Lula



Frente ao juiz Sérgio Moro, mesmo sem ter fechado qualquer acordo de delação, Lula fez sua delação  mais extensa desde o mensalão, quando acusou vários petistas de terem traído sua confiança. 
Na época, José Dirceu assumiu calado o papel de chefe do esquema e Lula sequer foi indiciado. 

Ao juiz Moro, Lula declarou que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, insistiu em vender à sua esposa, Dona Marisa, um triplex com 500 defeitos, reformado com elevador e cozinha igual à do sítio de Atibaia. 

Delatou seu fiel tesoureiro João Vaccari Neto e o indicado pelo PT na Petrobras nem tão fiel assim, Renato Duque, que o enganou ao afirmar em encontro especialmente marcado em um hangar de aeroporto, que não tinha contas no exterior com propinas das empreiteiras contratadas pela Empresa. 

Mesmo após ter armado uma operação de guerra para estar frente à frente e poder falar olho no olho, Lula aceitou a palavra de Duque de que ele não tinha contas com propinas no exterior. Ponto. E fim da conversa. 
Delatou Duque por ter traído sua confiança. 

Delatou a si mesmo, ao expor seu especial interesse em esclarecer pessoalmente com Renato Duque a questão da conta de propinas no exterior, mesmo quando ambos já estavam fora dos cargos de diretor e de presidente. 
Argumentou ao juiz Moro que precisava defender a indicação do PT, no qual diz não ter mais influência, e também para atender a um pedido de Dilma sobre suspeitas publicadas na imprensa de que diretores da Petrobras estavam recebendo propinas das empreiteiras em contas na Suíça. 

Delatou sua esposa, Dona Marisa, de ter mantido contatos com Léo Pinheiro para fazer algumas reformas no tríplex, talvez para fazer investimento, visto que ela não gostava de praia. E, segundo Lula, ela fez tudo isso sem o ter comunicado dessa intenção. 

Lula parece acreditar que poderá jogar as investigações do triplex no colo da morta que, como ele disse a Moro, não está aqui para se defender. 

Com a delação de Mônica Moura e João Santana, sai da gaveta o intempestivo power-point de Danton Dallagnol, onde o Chefe Lula centraliza o comando do maior esquema de corrupção já implantado em um governo democrata.  
Quando os marqueteiros queixavam-se à Dilma da falta de pagamento, ela lhes pedia paciência. Foram então até Lula que providenciou junto ao amigo Eike Batista pagamento de R$ 10 milhões! 
Na delação Mônica Moura declarou: "minha segurança era Lula". 

E ainda tem delações como a de Antônio Palocci! 

sábado, 13 de maio de 2017

Interesses da Lava Jato

Quais são os interesses dos membros da força-tarefa da Operação Lava Jato? Por que procuradores do Ministério Público Federal (foto), delegados da Polícia Federal e juízes expõem suas vidas para realizar esse trabalho de fôlego, inédito no Brasil? 

E quais seriam os interesses dos investigados e condenados pela Lava Jato? Essa resposta está bem à vista: barrar a Lava Jato para ficar com os valores roubados, manter o esquema de corrupção e o poder. 

No início da Lava Jato o PT se defendia acusando a força-tarefa e o juiz Sérgio Moro de querer derrubar o governo petista e condenar seus líderes, com o objetivo de beneficiar os políticos do PSDB. 


Lula e Palocci, revelando segredos

Quando as investigações tomaram a abrangência do esquema de corrupção institucionalizado nos maiores partidos, na cúpula da governança, nos ministérios, na Câmara e no Senado, e quando os políticos dos principais partidos passaram a ser investigados, presos, julgados e condenados, o argumento petista caiu por terra. 

Agora, os líderes da situação e da oposição se unem em acordão para burlar e combater a Operação Lava Jato, utilizando de todas as armas legais ou nem tanto. 

Enquanto isso ocorre no palco dos Três Poderes, a força-tarefa da Lava Jato enfrenta ameaças e campanha de injúrias orquestrada pela Organização Criminosa ora instalada nas instituições da República, continua realizando seu trabalho de fiscalizar o cumprimento das leis, combater os transgressores corruptos e corruptores, onde quer que eles estejam. 

Os cidadãos de bem apoiam os procuradores do MPF, os delegados e agentes da PF e os juízes da Justiça Federal, nessa luta para remover das governanças e das instituições democráticas, os criminosos que saquearam os recursos públicos e infelicitaram a população por décadas, sob a cumplicidade dos principais fiscais: Câmara, Senado, Tribunais, Ministérios...


terça-feira, 9 de maio de 2017

"Brincadeiras" de Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, qualificou de brincadeira de jovens a abertura de mais um processo contra o réu José Dirceu, no mesmo dia do julgamento do habeas corpus que lhe concedeu liberdade. 

A favor de Dirceu votaram Toffoli, Lewandowski e Gilmar Mendes. Pela manutenção da prisão votaram Edson Fachin e Celso de Melo.

Considerar que os procuradores do Ministério Público, participantes da força tarefa da maior investigação anticorrupção do planeta, estão brincando, é “brincadeira” de quem não tem mais o que dizer para tentar desqualificar a Lava Jato.

"Brincadeira" ignóbil foi feita pelo ministro Gilmar Mendes, em 2008, ao conceder habeas corpus ao médico monstro Roger Abdelmassih, condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes que tiveram a coragem de denunciar.

O réu esperava em liberdade o julgamento em segunda instância, quando a Polícia Federal informou à Justiça de que o condenado Abdelmassih estava tentando renovar seu passaporte!

Os advogados do condenado entraram com recurso no STF dizendo que seu cliente não estava pensando em fugir do país.

Apesar de todas as evidências de intenção de fuga, o ministro Gilmar Mendes concedeu o habeas corpus e o réu desapareceu. Um deboche inominável às vítimas.

Pensou-se que estivesse refugiado no Líbano, já que possuía cidadania daquele país.

Durante três anos ficou fugitivo, até ser descoberto no Paraguai, morando na capital Assunção, onde foi preso e repatriado.


E Gilmar Mendes, por algum motivo, continua repetindo essas "brincadeiras" absurdas e vergonhosas, contra o MP, a PF, a Justiça e a sociedade brasileira.

Esse tipo de "brincadeira" precisa ser rechaçada o quanto antes, para o bem do STF e de toda a Justiça.

sábado, 6 de maio de 2017

Bandidos de toga

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin tomou uma decisão corajosa ao definir que o habeas-corpus de Palocci seja votado pelo pleno do STF.

Os ministros Lewandowski, Toffoli e Gilmar Mendes, que na votação anterior concederam HC a favor de José Dirceu, Bumlai e Genu se dizem injuriados, desrespeitados.

Injuriados e desrespeitados estamos todos nós que não mancomunamos com criminosos que desgraçaram as últimas décadas do País e seu povo.


Por que tanta revolta contra um ato que tem base legal? Todos nós sabemos a resposta.

A armação para abrir a temporada de solturas não ficou tão tranquila como os três imaginavam.

O ministro Fachin pode não ter "calosidade" para o cargo, mas tem respeito por seu País, por sua população. Agiu com sabedoria e lucidez.


Joaquim Barbosa, durante o Petrolão, disse em plenário, na cara de Gilmar, que ele envergonhava a Justiça jogando o Supremo na lama. Já Lewandowski disse a Gilmar que não tinha capangas do Mato Grosso e sofreu revide do próprio Gilmar, que disse: "não fui eu quem fraudou eleições em São Bernado do Campo!"


A Lava Jato está chegando perto dos "bandidos de toga" denunciados pela então ministra Eliana Calmon. É isso que está causando toda essa reação dos ministros favoráveis a soltar os criminosos presos.


A estratégia de Palocci, ameaçando em contar todos os detalhes dos esquemas de corrupção, deu certo. Os que têm culpa no cartório tentaram um acordão para deixar livre os bandidos, que terão todas as condições para movimentar os valores roubados e muito bem escondidos.


Há tempos, esses três ministros já estão desqualificados e impedidos para o cargo. Só falta a coragem de um órgão competente para denunciar e retirá-los do Supremo! Terá todo o apoio da população.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Uma chance ao Brasil

A disposição de Antônio Palocci em fornecer informações detalhadas à Lava Jato, parece ter provocado essa temporada de revogação de prisão de condenados ilustres e muito próximos aos poderes da República. 

Na terça-feira 25, a 2ª Turma do STF revogou a prisão domiciliar de José Carlos Bumlai, réu condenado a 9 anos e 10 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. No mesmo dia, a 2ª Turma revogou também a prisão de João Claudio Genu, réu condenado a 8 anos e 8 meses pelo juiz Sérgio Moro por 11 crimes de corrupção e associação criminosa. 

Na sexta-feira 28, o ministro Gilmar Mendes manda soltar o empresário Eike Batista, que agora ficará em prisão domiciliar. E a defesa de José Dirceu aguarda o julgamento pelo STF do pedido de habeas-corpus nessa primeira semana de maio.

O argumento usado pelos ministros que votaram contra à manutenção das prisões - Gilmar, Lewandowski e Toffoli - foi de que a fase de instruções dos processos já foi concluída e sua documentação estava em segurança, não havendo risco de destruição de provas e de obstrução da Justiça. 

Não consideraram a abrangência e a complexidade dos crimes investigados pela Lava Jato que, pela primeira vez, revolve as entranhas da corrupção na cúpula da governança do País, nem às suas inúmeras conexões a esclarecer. 

Ao desconsiderarem os argumentos do ministro Edson Fachin, pela manutenção das prisões de José Carlos Bumlai e João Claudio Genu, os ministros contrários à prisão acenam aos demais presos de que eles não precisam fazer delação nem contribuir para o esclarecimento de crimes cujas investigações ainda estão em andamento. 

Espero que a sociedade brasileira seja mais considerada pelos ministros do Supremo e defendida dos criminosos que trouxeram o País a esse caos moral, econômico, político, social. 

Que se dê uma chance para construir o Brasil que todos queremos: livre, limpo, justo, verdadeiro, competente.