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segunda-feira, 26 de abril de 2021

O CFM e a covid-19



CFM
Artigo de Mauro Luiz de Britto Ribeiro Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicado no jornal Folha de S. Paulo em 25 de janeiro de 2021.

Infelizmente, até o momento, sabe-se muito pouco sobre a covid-19. Os avanços científicos registrados foram para pacientes em UTI em que a intubação tardia, a posição prona (de bruços) e o uso de corticoides e anticoagulantes diminuíram as mortes. É assustador notar que todas as medidas de prevenção, até agora, parecem ter impacto reduzido na disseminação dessa doença.
Existem inúmeras questões que aguardam respostas da ciência em relação à covid-19. Cito algumas: o “lockdown” previne mais a transmissão do que medidas de distanciamento social? Pacientes que já contraíram a moléstia estão imunes? A mutação do vírus é mais grave do que a forma anterior?

Lamentavelmente, no Brasil, há uma politização criminosa em relação à pandemia entre apoiadores e críticos do presidente da República. Assuntos irrelevantes relacionados à covid-19 dominam o noticiário, com discussões estéreis entre pessoas sem formação acadêmico-científica na área de saúde, dando opiniões como especialistas, porém com cunho político e ideológico.

Além disso, profissionais não médicos, que se autodenominam cientistas, com imenso acesso à mídia, falam sobre tudo, inclusive temas médicos sobre os quais não têm competência para opinar —e sempre evocando a ciência, como se fossem os únicos detentores do saber, disseminando informações falsas que desinformam e desestabilizam a já insegura sociedade brasileira.

Infelizmente, a politização também atingiu sociedades de especialidades médicas e grupos ideológicos de médicos, principalmente quanto ao chamado tratamento precoce, com hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.

Esses grupos pressionam de todas as maneiras o Conselho Federal de Medicina (CFM), em razão de sua competência legal de determinar qual tratamento farmacológico é ou não experimental no Brasil, para que recomende ou proíba o tratamento precoce.

Existem na literatura médica dezenas de trabalhos científicos mostrando benefício com o tratamento precoce com as drogas citadas acima. Outros tantos apontam que elas não possuem qualquer efeito benéfico contra a covid-19.

Em outras palavras, a ciência ainda não concluiu de maneira definitiva se existe algum benefício ou não com o uso desses fármacos.

O CFM abordou o tratamento precoce para a covid-19 no Parecer nº 4/2020 em respeito ao médico da ponta, que não tem posição política ou ideológica e exerce a profissão por vocação de servir e fazer o bem; que recebe, consulta, acolhe e trata o paciente com essa doença.

No texto, o CFM delibera que é decisão do médico assistente realizar o tratamento que julgar adequado, desde que com a concordância do paciente infectado —elucidando que não existe benefício comprovado no tratamento farmacológico dessa doença e obtendo o consentimento livre e esclarecido.

O ponto fundamental que embasa o posicionamento do CFM é o respeito absoluto à autonomia do médico na ponta de tratar, como julgar mais conveniente, seu paciente; assim como a autonomia do paciente de querer ou não ser tratado pela forma proposta pelo médico assistente.

Deve ser lembrado que a autonomia do médico e do paciente são garantias constitucionais, invioláveis, que não podem ser desrespeitadas no caso de doença sem tratamento farmacológico reconhecido —como é o caso da covid-19—, tendo respaldo na Declaração Universal dos Direitos do Homem, além do reconhecimento pelas competências legais do CFM, que permite o uso de medicações “off label” (fora da bula).

O parecer nº 4/2020 não apoia nem condena o tratamento precoce ou qualquer outro cuidado farmacológico —tampouco protocolos clínicos de sociedades de especialidades ou do Ministério da Saúde. Ele respeita a autonomia do médico e do paciente para que ambos, em comum acordo, estabeleçam qual tratamento será realizado.

Para aqueles que insistem em atacar publicamente o conselho federal, fazendo pressão para que mude este parecer, visando apoiar ou proibir o tratamento precoce, esclarecemos que essas ações políticas são inúteis —como têm sido até agora e continuarão sendo.

As posições do CFM têm como objetivo o que é melhor para a população e o respeito absoluto aos médicos na ponta — estes, sim, os verdadeiros heróis, a quem rendemos todo o nosso reconhecimento.

 Mauro Luiz de Britto Ribeiro


Referências bibliográficas:

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Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 25 de janeiro de 2021.

# Destaques em negrito e sublihados feitos pelo cidadanialerta.


sexta-feira, 23 de abril de 2021

Vacinas não curam

 Apesar de ser de conhecimento de todos que vacinas não curam, observamos que há essa crença implantada pelas mídias atordoadas, ante os vários tipos de vacinas criadas no mundo contra o vírus SarsCoV-2, agente infeccioso da doença covid. 

Tanto não curam, que as pessoas diagnosticadas com covid não devem tomar a vacina específica para esse vírus. Elas devem provocar no sistema imunológico a produção de anticorpos específicos contra o vírus. A avaliação da resposta imunológica é o xis da questão, a ser comprovada no uso em milhões de pessoas já vacinadas. Registros de 5 a 15 anos de vacinação são obtidos em 12 meses. 

E por que então há uma corrida geral em busca de vacinas? 

Boa pergunta! Só que não é bem assim. 

O que vemos atualmente, passada a fase áurea das propagandas midiáticas a favor da vacina, muitas notícias de interrupção da vacinação estão conseguindo furar o bloqueio de desinformação comandada pelas biguitecks (iutubi, feicebuqui, tuiter e instagram). Aplicativos alternativos são usados para manter a livre postagem sem censura, manipulações ou ideologias nada científicas.

Seja por causar efeitos colaterais piores do que a própria covid, seja por não ter eficácia mínima. Seja por não gerar imunidade ou pelo curto prazo de manutenção dos anticorpos no sistema imunológico do paciente. Seja por não ser eficaz às mutações do vírus...

Enfim, por motivos diversos - alguns inconfessáveis - a vacina agora está sendo vista apenas como uma vacina, e não como a cura que vai dar fim na pandemia.

Isso se deve ao pouco tempo de uso das vacinas, que impediram obter-se dados mais seguros sobre a taxa de eficácia, tempo de permanência da imunidade, avaliar dos efeitos colaterais e muitas outras informações que dão a um fármaco maior segurança e previsibilidade em seu uso. 

Atualmente, as bulas das vacina estão sendo atualizadas no dia a dia.

Além disso, temos as mutações, que nos vírus ocorrem com muita rapidez. 

Foi observado que o coronavírus sofre mutações a cada 50 horas em média. Sendo assim, as vacinas, algumas com baixa eficácia, tornam-se paliativos de alto custo. Os registros a médio e longo prazo é que vão confirmar se a vacina fez ou não diferença na população.

Outra variável que precisa ser considerada no caso do Brasil, onde as pessoas são geralmente displicentes quanto aos cuidados com a saude, é o cumprimento do protocolo para tomar a 2ª dose. A maioria dá intervalo de 14 dias entre as doses.

A 2ª dose é fundamental para as vacinas usadas no Brasil: Coronavac e Oxford-astrazeneca. Estudo no Chile, onde foi usada a Coronavac, revelou que a eficácia da vacina ANTES da segunda dose é apenas 3%, quase nada. Com a 2ª dose a eficácia alcançou 56,5%.

O caso recente do cantor Agnaldo Timóteo mostra isso. Ele tomou a 1ª dose em 15 de fevereiro e a 2ª dose em 15 de março. Foi hospitalizado dois dias depois, em 17 de março, e faleceu no dia 3 de abril. Certamente já estava infectado quando tomou a 2ª dose. Era portador de comorbidades. Há dois anos teve um mal estar em Barreiras-BA e foi internado durante algum tempo em estado grave.

Por outro lado, estudos científicos realizados com inúmeros fármacos, alguns já existentes, mostram resultados surpreendentes no combate ao coronavírus, que as plataformas censuram. O tuiter do presidente foi bloqueado quando ele falou do tratamento precoce. O feicibuc alerta ou bloqueia o usuário quando se posta algum dado sensível aos logaritmos: 'desinformação que pode causar dano físico'.

Mesmo que a mídia negacionista globalista emita o mantra sempre que citam algum desses fármacos - "não têm comprovação científica" - as informações com os resultados já foram disseminadas e são adotadas por profissionais de saude em todo o mundo, sem a menor possibilidade de um apagão informativo provocado pela censura criminosa mantida até hoje pelas plataformas digitais, que punem com bloqueio, suspensão e até cancelamento das contas dos "transgressores do bem", que ousam mencionar tratamentos que - esses sim - recuperam a saude do paciente logo no início.

A experiência médica e os registros detalhando as evidências são fundamentais para que isso seja confiável e tenha a adesão dos profissionais da saude. Como os médicos não podem falar o nome dos antivirais, dizem: o que mata piolho... 

Um exemplo significativo recente é de que, mesmo não existindo vacina contra o vírus HIV, existem fármacos que se mostraram eficaz no combate ao vírus, que matou muitos pacientes no início do surto, ocorrido nas décadas de 70 e 80.

Deixo aqui uma mensagem de atenção redobrada ao leitor: caso venham a ser acometidos pelo vírus, busquem atendimento médico logo aos primeiros sintomas e se submetam ao Tratamento Imediato. 

Pode até parecer uma gripe comum, com garganta arranhando, tosse, coriza, dor de cabeça, mal estar, cansaço... Não espere piorar.

Qualquer um desses sintoma deve disparar o alarme de que não há tempo a perder, pois quando isso ocorre o vírus já está "instalado" nos órgãos do paciente como o fígado, o que o torna ainda mais perigoso e tem se mostrado mais letal.

Como existem lobbys bilionários de apoio às vacinas, assim com - infelizmente - a negação dos fármacos que permitem tratar a covid, devemos ficar espertos. 

Vacina, sim, mas com conhecimento e atitudes de prevenção além dela.

Não se põe os ovos em uma única cesta, nem a vida sob um único fármaco.

Mantenha seu médico de confiança no radar, no celular, ele vai saber lhe orientar.