O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou campanha para obter
o registro biométrico dos eleitores. Desse modo, só terá direito a votar o eleitor
que tiver seu cadastro biométrico no Sistema Eleitoral, evitando a fraude de um
eleitor votar pelo outro.
Urna eletrônica com impressão de voto |
O mesmo TSE, entretanto, não mostrou ter tomado providências efetivas para a
implantação do voto impresso, conforme Projeto de Lei aprovado pelo Congresso
Nacional, que sofreu veto da então presidente Dilma Rousseff, que foi derrubado
pelos parlamentares e, finalmente, integrado na Lei nº 13.165 de 26/11/2015.
A Lei determina que o processo com impressão do registro do
voto será implantado “até a primeira eleição geral subsequente à aprovação
dessa Lei”. Ou seja, o voto impresso estará valendo nas eleições gerais de 2018.
O consultor legislativo do Senado Arlindo Fernandes e o
professor de ciência de Computação da Universidade de Brasília (UnB) Pedro Resende
consideraram que o voto impresso vai garantir mais transparência nas eleições.
O senador João Capiberibe (PSB-AP) esclarece que caso haja
necessidade de auditoria na eleição, com o voto impresso isso pode ser
realizado com segurança e qualidade.
Com a divulgação das delações de membros do alto escalão da
governança, conhecemos a abrangência do esquema de corrupção da Organização
Criminosa.
Isso nos impede de acreditar ou afirmar, que alguma
instituição da República esteja totalmente livre do aparelhamento feito pelos
criminosos.
É preciso que tomemos consciência dos riscos que a democracia
brasileira corre se não forem tomadas as providências para a impressão do voto
nas eleições de 2018.
O registro biométrico impede fraudes localizadas, feitas com a
anuência dos membros da Mesa Receptora de Votos.
Já o voto impresso impede fraudes sistêmicas em escala nacional.
Adendo:
A urna da foto foi utilizada nas eleições de 2002 no Distrito Federal e em Sergipe. Modelos mais compactos já são utilizadas e aprovadas nas eleições da Argentina. O assessor da STI/STE, Elmano de Sá Alves, diz que embora a impressão do voto apresente suas dificuldades próprias o TSE reconhece como legítimo o desejo dos representantes do povo em tornar os resultados das eleições mais auditáveis. "Nesse sentido, o voto impresso será implementado com a esperança de que ele melhore a confiança no voto digital por parte dos eleitores e dos eleitos."
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