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sábado, 15 de dezembro de 2018

A listagem do Coaf



Durante uma semana e meia a Globo e grande parte da mídia fizeram maior carga em cima do assessor do deputado Flávio Bolsonaro (PSL) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício de Queiroz, incluído numa lista de 75 pessoas levantadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por fazerem movimentações bancárias suspeitas, que somam R$ 207 milhões. 

Mas só no dia 13 o Jornal Nacional da Globo apresentou reportagem* com as movimentações suspeitas detectadas pelo Coaf, por pessoas ligadas a outros deputados da Alerj, com valores que não passam despercebidos a ninguém: André Ceciliano (PT) presidente da Alerj R$ 49 milhões; Paulo Ramos (PDT) R$ 30 milhões; Márcio Pacheco (PSC) R$ 25 milhões; Luiz Martins (PDT) R$ 18 milhões; Dr. Deodalto R$ 16 milhões; e Carlos Minc (PSB) R$ 16 milhões.

O maiores movimentadores acima citados somam R$154 milhões, ficando R$ 53 milhões com os que movimentaram menos do que R$ 16 milhões.

A reportagem não menciona o assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhões no ano de 2018, dando a impressão aos menos atentos que se trataria de um outro levantamento. Desse modo, evitou-se o comparativo que deixaria explícito o jornalismo marrom da Globo.

Ao todo foram listadas 75 pessoas ligadas a deputados de 14 partidos políticos: Avante, DEM, MDB, PDT, PHS, PRB, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PT e o Solidariedade. 
Há partidos em que mais de uma pessoa fizeram movimentações bancárias suspeitas. 

Ao carregar nas manchetes e em tempo de exposição do assessor Fabrício Queiroz, de Flávio Bolsonaro do PSL, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro do PSL, e "esquecer" por pelo menos 11 dias os demais listados, a Globo confirma sua parcialidade editorial que a tem condenado ao descrédito pela população mais esclarecida.

* Link da reportagem apresentada pelo Jornal Nacional da TV Globo: 
https://globoplay.globo.com/v/7229675/?fbclid=IwAR1G5gupOHOa4MfNPj_4yi9URoMCu3pUcoTgsbskSl04jkvZIZBIXE3GdwM


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O advogado e o ministro

No vídeo do advogado Cristiano Caiado Acioli (foto) e o ministro Lewandowski no avião, uma coisa me causou estranheza: os passageiros ficaram calados sem esboçar qualquer manifestação.

Se quisermos de fato remover da vida pública aqueles que prejudicam a nação e seu povo, será preciso superar o medo que acovarda.

Caso venha a encontrar algum dos quatro urubus de toga do STF, farei como o advogado: vou entabular conversa e repetir a cada um o que já foi dito a eles por seus pares do STF, sem que houvesse qualquer ameaça de prisão. 
Vamos por partes:

A Gilmar (Beiçola) Mendes, repetirei as palavras do ex-ministro Joaquim Barbosa, durante o julgamento do Mensalão: "Vossa Excelência envergonha o Judiciário". Guardo vídeo em arquivo para comprovação.

A Lewandowski, repetirei o que Gilmar lhe disse em seção plena do STF: "Eu não fraudei eleições em São Bernado do Campo".

Ou então perguntar: No julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, V. Excia. interpretou um econstante no texto constitucional, como se fosse ou. 
Fez isso por miopia jurídica, para atender o patrão ou só de sacanagem?

Quanto a Marco Aurélio, repetirei a pergunta que ele fez ao jornalista no programa Roda Viva: "Você então, não confia na sua Suprema Corte? Não." respondeu o jornalista, deixando-o com cara de quem diz: "essa 'prensa' sempre deu certo". 
Já deu.


Ao Totó foli de Gilmar, perguntarei se os ministros da Suprema Corte não deveriam ser aprovados em concurso básico para juiz ou magistrado, tal como é feito para advogados pela OAB e pelos CRMs para os médicos.

Farei isso, chamando-os de Vossa Excelência, assim como fazem os deputados e senadores, mesmo quando precisam xingar o colega de ladrão.

A omissão dos passageiros daquele voo é significativa. Quando será que teremos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, que os permitam tomar atitudes como a do advogado ante o parcialíssimo Lewandowski? 

Não é ele que vota contra a prisão de bandidos, defende a soltura dos que estão presos, mesmo que seja condenado em segunda instância? E agora quer prender todos que sentem vergonha do atual STF? 

Não tenho porque me envergonhar do STF. 

Quem deve sentir vergonha são os desavergonhados ministros que protegem bandidos de colarinho branco.

Até a personificação do mal, Zé Dirceu, foi solto, com argumentos de estória de carochinha. Deve ter aproveitado a providencial liberdade para movimentar as contas no exterior e comandar seu projeto pessoal de ditadura comunista.