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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Água sem desperdício

Com a realidade mostrando o quanto a água nos é importante, venho aqui partilhar uma prática que tenho utilizado mesmo antes dessa crise hídrica-energética.

Como milhões de pessoas das cidades, moro em um prédio de 12 andares. 

A pressão da água na saída das torneiras é semelhante às de uma pistola de lava-jato (Ops!). 

Veja nessa primeira foto o jato normal da torneira ao ser aberta, antes da instalação do restritor de vazão.

Ao abrir a torneira, sem maiores cuidados, espirrava água além da pia. 

Para evitar isso, instalei um restritor nas torneiras, de modo que reduzisse a pressão na saída. 

Quando instalei, a intensão inicial era apenas acabar com a molhadeira na cozinha e na área de serviço.

Mas, depois que se revelou ser também um redutor do consumo d'água, apliquei nas demais torneiras.

A redução no consumo é em torno de 25%.

O restritor é uma pecinha redonda, semelhante àquela que costuma vir acompanhando os chuveiros elétricos. É feito de PVC com um furo no meio. 



Aqui estão os materiais e ferramentas que já tinha disponível em casa para recortar o restritor.

Pode-se usar material de câmara de bicicleta ou de carro, ou uma embalagem plástica de sequilhos.

Preferi usar a o material da câmara de bicicleta por ser maleável.

A fita de teflon para vedação de rosca , evita que 
haja vazamentos laterais.


O restritor (mais à direita), foi cortado e moldado a partir de uma câmara de bicicleta descartada.  

Pode ser instalado no tubo da parede onde a torneira é enroscada ou no bico aerador (no meio), disponível em algumas torneiras.

O tamanho do buraco ou furo a ser cortado no centro do restritor pode ser escolhido de acordo com os testes práticos. Escolha o que melhor lhe parecer em termos de fluxo d'água: nem tanto nem tão pouco.



Aqui o restritor já está posicionado dentro do bico aerado, pronto para ser rosqueado na torneira.














Colocando fita de teflon na extremidade da torneira onde o bico - já com o restritor - será enroscado.











                                                                                                


Visão da torneira após ter sido enroscado o bico aerador com o restritor instalado, pronta para o teste prático.












Fluxo da torneira já com o restritor instalado no bico. 

Mesmo que se abra toda a torneira, o fluxo de água permanece praticamente o mesmo.

Acabou-se com o desperdício de água e o respingamento em volta da pia.

Num primeiro momento, a secretária reclamou que saía pouca água... que ia atrasar o serviço... etc. e etc.

Depois de alguns dias se acostumou e percebeu que antes ficava tudo molhado, inclusive ela.  

Agora ficou bem melhor lavar as louças, talheres e panelas, sem os frequentes sustos ao abrir a torneira.


Mais esclarecimentos, através do e-mail < jrmalmeid@gmail.com >.








A ideia é ter o fluxo da água de fonte, que jorra sem pressão exagerada.

Aqui um projeto limpo, onde a água é livre de pressão.

Jorra com o marulhar de uma fonte.













quarta-feira, 22 de julho de 2015

Exercício de cidadania


Muitos cidadãos estão exercendo o direito de não pagar estacionamento em shoppings, provocando os cobradores a repensarem essa cobrança. Isso demonstra um nível de politização - acima do normal - aqui na Bahia. Parece-me que os cobradores foram com muita sede ao pote ao tabelar muitos reais por pouco tempo. 

O período médio de permanência em um shopping é de quatro horas, mas cobrar R$ 6,00 por metade disso é demais. Os cobradores pensaram que iriam encher a burra, mas acabaram mesmo foi com o público comprador, com os lojistas, locatários e atendentes. 

Fico surpreso com a resistência à cobrança por parte da administração do Shopping Boa Vista e com a disposição dos soteropolitanos em rejeitar isso. Estão de parabéns! 

Mas quanto tempo mais o Shopping Boa Vista vai manter a gratuidade do estacionamento?
Certamente seus gerentes já estão sentindo o cerco para "convencê-los" de que devem cobrar tal como já fazem os demais, após sentença judicial genérica confirmando o livre empreendedorismo no país. 

A cada dia as insinuações se transformarão em exigências e, caso persista em não cobrar, vão se tornar ameaças explícitas. E aí, não tem quem segure a onda, tal com no cartel dos postos de combustíveis. Pedidos de proteção e escutas já podem ser feito à Justiça.¹ 

O curioso disso tudo é que antes da cobrança os lojistas pagavam um valor de condomínio que custeava os estacionamentos. Agora, parece-me que nem o valor do condomínio será reduzido nem os lucros do estacionamento partilhados. A gerência agradece!

Percebo que a população de Salvador ainda não se deu conta dos resultados já obtidos nesse protesto silencioso, contra a cobrança pelo estacionamento nos shoppings. 

Os lojistas, ao sofrerem perda de 40% nas vendas, já se reuniram e se propõem entrar com processo judicial contra as administrações dos shoppings, por quebra de contrato.
Além do cidadão cliente comprador, agora temos os próprios lojistas e locatários dos shoppings, contra a implantação da cobrança pelo estacionamento. 

Um próximo passo pode ser o não pagamento dos condomínios pelos logistas às administradoras ou fazê-lo somente em juízo. Aí então, as administradoras dos shoppings serão forçadas a eliminar a cobrança ou reduzir a valores razoáveis, por um período de no mínimo três horas, na tentativa de ter de volta os antigos frequentadores. 

Abuso desse tipo contra o cidadão ocorre com frequência. 

Este mês, o governo do PT na Bahia, obteve aprovação na Câmara de um projeto que instaura a vistoria veicular para carros de 1 a 5 anos.
Até agora, eram obrigados à vistoria apenas os carros com mais de 5 anos. 

A justificativa faz-de-conta é que isso vai dar maior segurança aos motoristas e pedestres. Mais uma agressão à inteligência dos que já conhecem a desfaçatez dos corruptos. A verdadeira razão é rechear o Caixa 2 e os bolsos de amigos com o "por fora" dos amigos, donos das empresas de vistorias beneficiadas nas licitações. 

É que estamos em tempos de seca nas antigas fontes de dinheiro vivo e o decreto de vistoriar todos os veículos com menos de cinco anos vem na medida para os quadrilheiros. Afinal, não tem serviço mais fácil e lucrativo do que "vi$toriar" veículos novos e seminovos. 

Já tinha observado, mas sem entender o porquê, a instalação de várias empresas vistoriadoras na cidade. Inclusive em áreas nobres! Agora exalou de vez o fedor característico dos esquemas de corrupção, usando-se mais uma vez o Departamento de Trânsito da Bahia, órgão governamental aparelhado por petistas. 

O Ministério Público, com o apoio da sociedade cidadã, pode brecar a tentativa de armar mais uma maracutaia de corrupção e escorcha.  

Caso contrário, podemos continuar aceitando todos os ônus "legais" que nos impuserem, mesmo quando não há necessidade para tal, a não ser arrecadar e "se arrumar", como já dizia o personagem de Chico Anísio, Justo Veríssimo. E nós povo, que se exploda!

Se o governo estadual e suas secretarias técnicas, desejam de fato cuidar da segurança dos soteropolitanos, podem fazer isso exercendo a fiscalização à Lei Seca com mais efetividade e frequência. Coordenando os serviços da Embasa e da Coelba nas ruas, evitando interversões que prejudicam o trânsito e danificam, sistematicamente, as pistas de rolamento. E quando o cidadão cobra o reparo, uma empresa joga para a outra a responsabilidade, em interminável jogo de empurra. Ou então, implantando sistema integrado de segurança com câmeras, comunicação instantânea e policiais suficientes.

Que esse exercício da cidadania floresça com vigor entre nós baianos soteropolitanos! 

Nota:
1. Hoje, 01.07.15, após cerca de quatro semanas do início da cobrança, o Shopping Boa Vista, na subida para o Cabula, continua sem cobrar pelo estacionamento. É o único que tem movimento excepcional, com todas a vagas ocupadas. E não tem previsão de quando iniciará a cobrança. 
Melhor assim, o Dia dos Pais vem aí!

domingo, 12 de julho de 2015

No pouco, o meu primeiro

Em tempo de Operações Lava Jato e Zelotes, quando os olhos dos fiscais dorminhocos foram abertos pela grita dos cidadãos atentos, as fontes de dinheiro vivo estão cada vez mais reduzidas. E sabendo que no pouco, o meu pirão primeiro, aqui vai um alerta aos órgãos oficiais de fiscalização do dinheiro público para maracutaias comuns ou nem tanto.

Mesmo com os R$ 5 bilhões prometidos para custear as emendas parlamentares do orçamento de 2015 e os R$ 870 milhões, já triplicados e liberados para o fundo partidário, é necessário uma vigilância efetiva nos diversos meios disponíveis, que servem para alimentar o Caixa 2.

Uma das fontes de dinheiro vivo, muito utilizada, mas que passa  despercebida aos menos atentos, foi esquecida desde o escândalo dos anões do orçamento e do sortudo deputado João Alves, que em entrevista disse ter ganho 200 vezes na loteria.

Com esse dinheiro é que compram, no balcão de negócios do Congresso, o número necessário de Vo$$a$ Excelência$, para aprovar medidas do desgoverno, a fim de obter mais e mais recursos, às custas do sacrifício dos trabalhadores, de suas famílias, dos assalariados contribuintes que pagam impostos na fonte e da população em geral. 

Dep. João Alves - o principal anão
do orçamento
Na verdade, João Alves comprava bilhetes e comprovantes premiados da loteria, para justificar o dinheiro ilegal que recebia, ao tempo que presidiu (1993) a Comissão de Orçamento da União.

São os sorteios milionários das loterias, os quais são facilmente fraudados, e o recebimento dos prêmios manipulados com a compra do comprovante para lavagem de dinheiro sujo.

Os sorteios são acompanhados e sua lisura garantida por auditores independentes, contratados pela própria Caixa. Considerando que os diretores e gerentes da Caixa, são escolhidos pelos companheiros petistas, e os auditores contratados não estão acima de qualquer suspeita, podemos considerar que nos sorteios dos números da megassena e as outras inúmeras modalidades, pode ocorrer com muita facilidade corrupção semelhante.

Os Ministérios Públicos, a Polícia Federal, os Tribunais de Contas, Controladoria Geral da República, Tribunais Eleitorais, Banco Central, Coaf, Receita Federal, Carf e os cidadãos de bem, devem ficar de olho nos quadrilheiros de enorme criatividade, quando o assunto é corrupção.

Essa atenção especial pode resultar no que ocorreu no Texas - USA, em 18/08/2005, onde o mexicano Jose Betancourt ganhou uma bolada na loteria. Pelo bilhete premiado recebeu US$2,75 milhões que foi pago no mesmo dia do sorteio. Que agilidade!!!
Mas poucas horas depois, a polícia lhe tirou o prêmio, utilizando uma ordem judicial. 

Não se tratava de caso de bilhete falso, tanto que no dia 20/08/2005 houve um outro sorteio para premiar os mesmos US$2,75 milhões, em substituição ao sorteio anterior. 

O motivo para a apreensão do prêmio e do novo sorteio, deve-se ao fato de Betancourt ser um traficante internacional de drogas. E como a única atividade de Betancourt era traficar drogas ilícitas, a Justiça concluiu ter ele comprado o bilhete de loteria com dinheiro da venda de cocaína. Bravo!


Não tivemos conhecimento de algum recurso liminar contra esse ato da polícia, por parte dos defensores dos endinheirados e instituições de classes associadas nesses negócios.


Estar alerta para isso pode evitar que daqui a doze anos venha se constatar que a Controladoria da República não tem condições de fiscalizar e auditar, de maneira eficaz, as contas e contratos das empresas estatais e órgãos públicos. 

Infelizmente, foi isso que ouvimos o ministro chefe demissionário da CGU, Jorge Hage, declarar no final do ano passado (2014). Levou 12 anos para denunciar que a Controladoria não tem as condições necessárias para apurar as contas das estatais. Demorou! 

O mais grave é que, apesar dessa constatação e denúncia, aos quatro ventos, nada foi feito para dar instrumentos legais que permita a CGU fiscalizar de fato as estatais e demais órgãos do governo.

Já basta de conivência com a corrupção que empobrece o país e penaliza os brasileiros.


* Esse comentário foi veiculado de forma resumida em 11.07.15, no jornal A TARDE, sob o título Fontes de dinheiro.







terça-feira, 7 de julho de 2015

Até que enfim!


Finalmente, o governo Dilma implementou uma ação - proposta há três anos por estudiosos do desemprego - a favor dos trabalhadores.

Ufa, já era tempo! 

Porque, até agora, para fazer o ataque ao bolso do cidadão - apelidado de ajuste fiscal - só fez massacrar os trabalhadores, principalmente os de menores salários, tirando os direitos dos que estão empregados, dos desempregados, dos aposentados e de seus familiares, que acumulam uma garfada de R$ 19 bilhões por ano, sobre eles. 

Além do aumento safado do Imposto de Renda, através da correção da Tabela de Valores abaixo do índice de correção monetária, há o imposto da inflação de 8,7%, que penaliza ainda mais os trabalhadores, principalmente os de menor renda. 

Neste mês, em outra perversidade, adiou para o próximo ano o pagamento do abono salarial dos trabalhadores que fazem aniversário de janeiro a julho. 

Mais uma pedalada às custas do já sofrido assalariado de baixa renda. 
Pergunto: Será que no ano que vem, pelo menos pagará com base no novo salário mínimo ou com acréscimo de juros e atualização monetária? Ou dará mais uma garfada?

E ainda tem a recomposição do imposto sobre a folha de pagamento, que reduzia o custo das empresas que tem uso intenso de mão de obra. Esse aumento de cerca de 50% vai gravar ainda mais o custo das contratações de pessoal e provocar mais desemprego.. 

E taca-lhe pau nos trabalhadores e nos aposentados!

A aprovação da MP-672 pelo Senado em 08.07.15, ampliando a sistemática de reajuste do salário mínimo para as aposentadorias até 2019, impedirá o governo de afanar R$ 4,7 bilhões de reais dos aposentados, que veem seus rendimentos achatados a cada ano. Para dar maior impacto aos menos atentos, os governistas preferem informar que haverá uma perda de R$ 19 bilhões nas contras da Previdência Social, nos próximos quatro anos. 

O correto é informar que os aposentados não serão garfados em mais R$ 9 bilhões. Já  há anuncio do governo que a governanta Dilma vetará esse item, agravando ainda mais as sistemáticas perdas aos aposentados!

Todo ano, a atualização monetária das aposentadorias acima de um salário mínimo é feita abaixo da inflação. Com isso, após 5 anos, quem se aposentou com 3 SM tem o valor do seu sustento reduzido a apenas 1,5 SM. Em 10 anos recebe apenas um salário mínimo!!! 

Por outro lado, como demonstrou na pregação que fez ao lado de Jô Soares, ela tem de cor simplórias justificativas para manter 39 ministérios de coisa nenhuma, criados só para acomodar uma parcela dos milhares de cupinchas e extorquidores.

Para piorar o que já está péssimo, põe os dois banco estatais - Caixa e Banco do Brasil - a propagandear as "maravilhas" da caderneta de poupança. 
É muita sacanagem com os pobres que não percebem a cilada! 

Além de perder em tudo, o trabalhador vai se privar para perder mais um pouco para o ávido governo, visto que os ganhos da caderneta não alcançam nem a correção monetária pela inflação. É muito rentável aos bancos, pois o pobres retiram antes da data do aniversário, para comprar comida, remédio, pagar a luz...

Mas a MP contra o desemprego dá um alívio aos que ainda estão empregados e, claro, aos cofres do governo, que usará o FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador, que aplica 40% de seus recursos no BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que doou bilhões à países pouco confiáveis, com juros abaixo do usualmente dado aos empréstimos no Brasil. É o trabalhador ferrado de novo.

Pelo menos a MP emitida hoje (07.07.15) - a depender da regulamentação - tenta estancar por ora a crueldade do governo Dilma contra os trabalhadores. 

Na apresentação da MP aos meios de comunicação, com a presença de representantes da Força Sindical e CUT - Central Única dos Trabalhadores, os governantes foram questionados quanto a demora: "Por que só agora foi considerada uma proposta feita pelos sindicalistas desde 2012?" Mistéeerio!

Apesar de toda essa prática contra os trabalhadores, o governo do PT ainda tem o descaramento de se dizer defensor dos trabalhadores. 

Acreditar, quem há de?