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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Sem lenços na cara

Nos filme de faroeste diligências e bancos eram  assaltados por bandidos que cobriam o rosto com o lenço usado no pescoço para barrar o suor. 

Um simples lenço na cara tornava o cidadão bandido. 

Na votação do destaque da MP 870, que vetava aos auditores da Receita Federal encaminhar movimentações suspeitas ao Ministério Público (MP), após discussões e adiamento para o dia seguinte, as lideranças acertaram realizar uma votação simbólica pela rejeição da proposta. E assim foi feito.

A votação nominal iria remover os lenços das caras daqueles que temem o Coaf e as investigações originadas a partir do envio de movimentações suspeitas ao MP pelos auditores fiscais. 

Ficou exposta a todos nós brasileiros a essência da atual Câmara Federal, onde bandidos sem lenço na cara posam de deputado unidos sob nome fantasia de Centrão, omitindo siglas partidárias e identificação dos participantes.

A rejeição da proposta para amordaçar os auditores da Receita ocorreu após a intensa repercussão negativa nas redes sociais, expondo a manobra para evitar  investigações e manter a impunidade dos corruptos.

Ainda há muito a se fazer para remover essa escória da Câmara.

sábado, 18 de maio de 2019

Dilema de Bolsonaro

O governo Bolsonaro tem como um dos principais objetivos acabar com a roubalheira institucionalizada em todos os níveis de governança. 

Vejo que subestimou a capacidade de atuar dos profissionais do crime continuado, contra as medidas de combate à corrupção, à impunidade e aos ajustes das contas públicas. 

São grupos que acumularam muito dinheiro de roubo e propinas e estão disposto a tudo para manter os esquemas de corrupção que trouxeram o país ao estado de falência, desemprego e pobreza. 

Qualquer iniciativa para desarmar esses esquemas existentes será boicotada. 

Qualquer ação de governo será criticada e rejeitada pelos parlamentares acostumados às chantagens que os beneficiem. 

O governo Bolsonaro enfrenta o dilema de render-se à corrupção do toma lá dá cá da velha-política ou lutar contra esse sistema perverso que impede o desenvolvimento desse grande país. 

A sociedade esclarecida tem a oportunidade de, mais uma vez, optar por qual país deseja construir para seus filhos e netos. 

sábado, 11 de maio de 2019

Bandidos no Congresso


Os brasileiros assistiram esta semana na comissão mista que analisa a Medida Provisória da reforma administrativa do governo Bolsonaro, a "bancada dos investigados" inserir mudanças no texto visando manter o Brasil como país da impunidade: tirou o Conselho de Controle de Atividade Financeira (COAF) do ministério da Justiça, comandado por Moro, e proibiu os auditores fiscais da Receita Federal de enviarem ao Ministério Público (MP) indícios de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.


Faz tempo que os membros das organizações criminosas travestidas de partidos políticos deixaram os disfarces de lado e, acintosamente, propõem leis para impedir que gangsteres de colarinho branco sejam investigados e punidos por seus crimes.

A maioria dos brasileiros não aceita mais voltar à cleptocracia existente antes da Operação Lava Jato.

Se não houver um posicionamento forte por parte da sociedade contra a ação desses criminosos poderá haver grave retrocesso que continuará impedindo o desenvolvimento do País.

A retirada de bandidos no Congresso nas últimas eleições não foi suficiente. Ainda há muitos ocupando lugar de político.