Nos filme de faroeste diligências e bancos eram assaltados por bandidos que cobriam o rosto com o lenço usado no pescoço para barrar o suor.
Um simples lenço na cara tornava o cidadão bandido.
Na votação do destaque da MP 870, que vetava aos auditores da Receita Federal encaminhar movimentações suspeitas ao Ministério Público (MP), após discussões e adiamento para o dia seguinte, as lideranças acertaram realizar uma votação simbólica pela rejeição da proposta. E assim foi feito.
A votação nominal iria remover os lenços das caras daqueles que temem o Coaf e as investigações originadas a partir do envio de movimentações suspeitas ao MP pelos auditores fiscais.
Ficou exposta a todos nós brasileiros a essência da atual Câmara Federal, onde bandidos sem lenço na cara posam de deputado unidos sob nome fantasia de Centrão, omitindo siglas partidárias e identificação dos participantes.
A rejeição da proposta para amordaçar os auditores da Receita ocorreu após a intensa repercussão negativa nas redes sociais, expondo a manobra para evitar investigações e manter a impunidade dos corruptos.
Ainda há muito a se fazer para remover essa escória da Câmara.
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