Percebo que se deu início há meses, quando os membros das
Organizações Criminosas foram presos e condenados, uma campanha sorrateira nos principais meios de comunicação pregando tolerância.
A mais recente denúncia por intolerância foi às
pessoas que protestaram abertamente ante Gilmar Mendes.
A imprensa amestrada pelo poder político-econômico sempre
pautou o brasileiro ordeiro, que não se revolta mesmo quando o
desrespeito e o deboche dos governantes chegam a níveis insuportáveis.
Nos últimos anos, não lembro de qualquer pedido de
tolerância aos governantes, quanto às agressões perpetradas nos
serviços de saude, segurança, educação, contra os brasileiros não envolvidos com a
corrupção sistêmica instalada há décadas, em que os recursos públicos foram vilipendiados
à exaustão, deixando ao povo na penúria com esmolas.
A Justiça, manipulada por bandidos escondidos atrás das
togas, especializou-se em livrar seus cúmplices das investigações e da prisão.
É isso que vem fazendo Gilmar desde os tempos da Operação
Satiagraha, quando concedeu habeas-corpus na madrugada e criminalizou
os agentes públicos Juiz Fausto Di Sanctis e o delegado da PF Protógenes Queiroz, que conseguiram - a duras penas - coletar indícios
significativos contra os maiorais até então impunes... E continuam impunes até hoje.
Mesmo que estejam à mostra a violência, desrespeito e sofrimento com que esses criminosos agridem a população, a campanha em pauta pede
que suas decisões criminosas sejam toleradas pelos cidadãos cumpridores das leis!
E quem não for tolerante pode ser investigado, como pediu Gilmar à PF.
E assim o brasileiro vem aceitando calado que o governo Federal
aumente imposto ilegalmente, usando a desfaçatez de não atualizar as Tabelas do
Imposto de Renda.
Essa malandragem que já alcançou 86% de aumento de 1996 a
2017 e muitas outras geradas pela governança, infligem cruel sofrimento ao tolerante
povo brasileiro. Mas tolerância tem limite!
Mesmo lembrando do habeas corpus dado ao médico monstro Roger Abdelmassih, apesar do alerta de fuga dado pela PF, se tiver oportunidade de ver Gilmar em algum lugar, repetirei as mesmas palavras que o então ministro Joaquim Barbosa lhe dirigiu em sessão plenária: Vossa excelência envergonha o Judiciário!
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