Os escândalos de corrupção na Caixa Econômica Federal (CEF) tomaram corpo a partir da orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao presidente Temer, para demissão dos doze vices-presidentes da Caixa sob investigações e suspeitas.
Inicialmente, isso provocou resistências de Temer e camarilha, em atender o pedido.
Após a grande repercussão decidiu-se por afastar durante 15 dias apenas quatro deles, para apresentarem suas defesas..
Na ocasião desse anúncio de afastamento o governo também informou da aprovação do novo Estatuto da Caixa que altera a forma de escolha de seus vices, que passarão a ser escolhidos pelo Conselho Administrativo, de forma semelhante ao Banco do Brasil e às empresas de capital aberto.
Essa alteração foi apresentada como uma boa notícia, enfatizando ser uma medida de moralização, por eliminar as danosas interferências política nessas escolhas.
Não vi porém nos noticiários informações de como são escolhidos os membros do tal Conselho, como seria de praxe em um jornalismo não comprometido.
O cidadão atento não se deixa engabelar e vê que essa mudança em nada altera a interferência dos caciques políticos nas escolhas desses executivos.
O esquema da influência política continuará em vigor mesmo após essa maquiagem faz-de-conta, que apenas libera o envolvimento direto do presidente da República das nomeações de pessoas inidôneas que venham a ser investigadas e condenadas.
Entretanto, o presidente da República continuará a nomear o presidente da Caixa, logo...
Procura-se jornalistas e repórteres que honrem seus diplomas e a si mesmos e meios de comunicação que prezem sua história e sua credibilidade, para contraporem-se ao noticiário chapa-branca sustentado pelas verbas milionárias de publicidade perfeitamente dispensáveis.
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