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segunda-feira, 25 de março de 2019

Ganância mata dois rios

Durante os oito anos dos governos FHC era corrente a lenda de que as empresas privadas eram excelentes e as públicas eram muito mal gerenciadas.

Essa foi a ideia que apoiou as privatizações da Vale do Rio Doce e de outras estatais.

Em rolo bilionário a empresa de telefonia OI mostrou que não é bem assim.

E a mineradora Vale mostrou que quando os lucros são a prioridade, o país sofre danosas consequências.

Matar o Rio Doce e o Rio Paraopeba são crimes a serem punidos de modo exemplar. 

Entretanto, apesar de muitas reuniões, prisões e ofertas de dinheiro às vítimas, pouco se fez para evitar que a lama de rejeitos fluísse livremente, contaminando leitos, margens e os sistemas ecológicos ali existentes.

E agora? A contaminação chegou ao Rio São Francisco sem que fosse feito alguma coisa para evitar isso, a não ser medir a contaminação diariamente... E só.

Não houve estudos para abrir desvios, de modo a reduzir o volume da água contaminada em vários trechos do rio. 

Os gastos com estudos e construção desses desvios passam a ser mínimos, ante a tragédia da contaminação do Rio São Francisco.

Pelo visto, a mobilização da diretoria da Vale, das instituições públicas e dos órgão de fiscalização vai ficar só nas reuniões, com todos esperando pela morte do Rio de Integração Nacional.

É isso mesmo? 

É nada, ante o tamanho das tragédias ocorridas e a ocorrer, pois foram detectados em outras barragens os mesmos sinais que antecederam a ruptura das barragens de Mariana e Brumadinho. 



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