A operação Lava-Jato sofreu intenso ataque durante as sessões de 13 e 14/03 do Supremo Tribunal Federal (STF) por parte dos seis ministros que votaram a favor da Justiça Eleitoral assumir os processos em que crimes eleitorais conexos a crime de caixa 2 e demais crimes comuns (lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção, sonegação, ocultação de bens, etc.)
De forma orquestrada os tais ministros investiram contra os promotores que atuam na Lava-Jato, desqualificando-os de todo modo, chamando-os de gangsteres, não sabem o que é um processo, esquecendo de que foi o trabalho desses procuradores que conseguiu revelar o maior esquema de corrupção sistêmica existente na cúpula das governança em conchavo com empresários contratados pelos governos.
Além de revelar os crimes de lesa-pátria a Lava-Jato conseguiu levar à prisão os culpados e obter devolução dos recursos roubados, de forma nunca vista na história do País.
Parece-me que os ataques são demonstração de força que se fazem necessária ante o que virá no rastro das delações de Sérgio Cabral, Antônio Palocci e outros.
Isso ficou patente quando o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, ao pronunciar o resultado do julgamento, em ato de clara pirotecnia midiática, anunciou a abertura de processo para investigar as fakes news divulgadas nas redes sociais que criticam, ameaçam e ofendem o STF, os ministros e seus familiares. Nomeou na hora o ministro Alexandre de Moraes como responsável pelo processo.
A procuradora-geral Raquel Dodge recebeu o processo no mesmo dia e respondeu de imediato questionando seus objetivo, pois não estava citado qualquer suspeito a investigar; esclarece que poder (STF) não poder investigar e julgar ao mesmo tempo; se há algum suspeito com foro privilegiado e que o ministro responsável pelo processo foi indicado sem o uso do sistema de distribuição do STF.
Enfim, deu uma aula de agilidade, competência e mostrou quem são os que "não sabem o que seja um processo".
As reações contra o resultado do julgamento aumentou com a tentativa de amordaçar os que criticam ministros que votam contra os anseios da população, votam contra o combate à corrupção, à prisão dos réus condenados em segunda instância e contra os direitos dos cidadãos prejudicados pela corrupção sistêmica instalada no país nas últimas décadas.
Quanto as crítica, podemos replicar a fala do ex-ministro Joaquim Barbosa em seu voto no mensalão ao então presidente do STF Gilmar Mendes "Vossa Excelência envergonha este Tribunal".
Ou a do ministro Luís Barroso ao mesmo Gilmar "Vossa Excelência é a mistura do mal com pitadas de psicopatia".
Ou a fala de Gilmar Mendes, que calou Lewandowski ao replicar em tom de suspeição "Eu não fraudei eleição em São José dos Campos...".
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