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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Educador respeita, boçal não

Jorge Portugal, que se auto intitula "poeta, educador, democrata", cometeu em A TARDE (23/7) um texto, colado ao final, que envergonha democratas, poetas e professores. 

Em leviana presunção investe contra o presidente Bolsonaro, contra o então juiz Sérgio Moro e contra todos os que não comungam sua crença de zumbi, de que Lula foi preso porque a "elite branca do sudeste do Brasil, diplomada e corrupta por demais", não suporta ver os pobres nos aeroportos e nas universidades. 

Quem se diz democrata não aceita a alternância do poder, condição elementar própria das verdadeiras democracias. 
O desvario do autor vai às alturas ao considerar o condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, nas três instâncias do Judiciário, como Prometeus que apiedando-se do sofrimento da humanidade ante o frio dos invernos, furtou o fogo sagrado de Zeus e ensinou a eles suas inúmeras utilidade, sofrendo por isso suplício eterno... 

Mas não basta endeusar seu mestre, autointitulado o "mais honesto" dos corruptos. 

Assaca ilações, calúnias e injúrias contra o ministro Sérgio Moro "um semianalfabeto a fazer o mais imundo dos trabalhos sujos da história atual...associado com força-tarefa da Lava Jato, colocou abaixo todo um processo de emancipação mental do povo através do conhecimento"...

E contra o vencedor das eleições presidenciais que, sem citar nome, descreve-o como "um debiloide, imbecil, representante dos 10% de neofascistas que existem em qualquer país". Esse é o exemplo do "educador" sem respeito!

Ao ler aqui comentário de Achel Tinoco, Aeroporto de Conquista (24), lembrei-me que meu pai, ao descrever pessoa grosseira, estúpida e presunçosa, a chamava de boçal. 
É assim que Jorge Portugal se revela aos leitores eleitores democratas, livres das doutrinações massivas da campeã de audiência, atropelada pelas redes sociais que espalha realidade aos que têm um mínimo de senso crítico e valores ético-morais, que muitos pensavam nem mais existir.

A prisão dos hackers que invadiram celulares de Moro, Dellagnol e outras autoridades, é mais uma das múltiplas cabeças da Hidra a ser extirpada. 
Muitas outras serão.


segunda-feira, 8 de julho de 2019

Ministros couro-fino

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, alertou aos que se mobilizaram domingo dia 30/6 a favor do ministro Sérgio Moro, Pacote Anticrime, Reforma da Previdência e contra os ministros solta-um, solta-outro e mais-outro, daquela corte considerada suprema, que quem se torna ministro tem "couro" para aguentar pressão e crítica. 


Constatamos que fatos recentes não avalizam essa afirmação. 

Atendo às demanda das minorias sociais e avançando sobre a competência do poder Legislativo, os ministros do Supremo consideraram - com apenas um voto contrário - que a homofobia tem as mesmas características do crime de racismo e, como tal, deve ter tratamento e penalidades similares.

Faz-se necessário lembrar que nem os menores vulneráveis vítimas de crimes de pedofilia ou estupro, nem os nascituros vítimas de aborto por conveniência ou motivos fúteis, tiveram essa mesma consideração e argumentação, provocada pela insistente, numerosa e ativa militância gay.


Como se viu, quem tem voz tem vez.


Quando será que os crimes de pedofilia e estupros de vulneráveis vão ter tratamento firme por parte dos parlamentares do Congresso Nacional ou então - trilhando na mesma esteira de argumentos à homofobia - pelos ministros do STF?