Como demostração de segurança e confiabilidade do processamento eleitoral, são realizadas várias encenações para tentar iludir o eleitor menos atento.
Uma delas, é a escolha de equipes inscritas no TSE para testar, avaliar e detectar vulnerabilidades nos programas de votação e apuração. É dado às escolhidas três dias para analisar as 17 milhões de linhas de programação e apresentar os registros do que foi encontrado quanto a vulnerabilidade.
Veja no link < http://www.folhapolitica.org/2013/10/especialista-e-professor-da-unb-diego.html#.VXBS7zNRNLg.facebook > vídeo com o depoimento do especialista e professor da UNB, Diego Aranha, que coordenou uma dessas equipes em 2012.
Uma outra encenação, apresentada às TVs abertas às vésperas do pleito de 2014, foi a guarda em cofre-forte do disquete com os programas aprovados e certificados pelos especialistas do TSE.
Contou com a presença do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, Procurador Geral da República Rodrigo Janot, o presidente da OAB, Marcus Vinícios Coêlho, o vice-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, além do ministro Luiz Fux, representantes do PDT e do PCdoB. Coisa de cinema!
A terceira, é a eleição paralela, feita no mesmo dia do pleito, no mesmo intervalo das 8 às 17 horas, pelo pessoal dos Tribunais Regionais de cada Estado da Federação, em local aberto ao público, com acompanhamento de Auditores Independentes(4), representantes do Ministério Público, da OAB, dos Partidos(0), da Imprensa(0) e de quem assim desejar, como eu(1).
Nas últimas eleições, em 2014, participei do teste da eleição paralela no auditório do TRE-BA, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Entrei no auditório, com capacidade para cerca de 300 pessoas, sem nenhum outro observador além de mim. Nem de partido, nem de imprensa - apenas pessoal de comunicação do próprio TRE - nem qualquer outro cidadão interessado. Todas as pessoas eram partícipes do teste de segurança denominado de eleição paralela.
Descrição do teste
O teste de segurança eleição paralela foi feito em cinco urnas sorteadas na sexta-feira, através de sistema tipo das loterias com bolas, lacradas, trazidas sob a proteção da Polícia Militar do Estado e guardada no prédio do TRE em sala fechada, até o início do teste.
Toda o teste é gravado em vídeo e áudio, com câmeras cativas para cada urna, um telão mostrando ao auditório vazio a "ficha eleitoral" com os dados a digitar, assim como a tela das urnas quando da inserção dos candidatos.
Ás 8 horas, as urnas foram liberadas para votação, usando fichas de voto já preenchidas anteriormente por alunos de escola pública, com os candidatos ou partido. O que era digitado na urna também era digitado em um computador de mesa.
Às 17 horas, foi encerrada a votação e foram emitidos os relatórios de cada urna, comparado com os dados obtidos no computador paralelo, conferido, certificado e assinado pelos representantes oficiais, não havendo diferença entre eles.
No dia do segundo turno voltei a acompanhar e tal como fiz na votação paralela do primeiro turno, pedi ao Coordenador, realizadores, fiscais e auditores vários esclarecimentos quanto aos procedimentos, disponíveis ao público em forma de manuais.
Resumo das observações
1. A votação paralela testa apenas o programa da urna eletrônica. Não testa os programas de totalização.
2. Antes do início da inserção de dados nas urnas eletrônicas, não foi verificado se o programa nela existente tinha o mesmo código de certificação do programa autorizado pelo TSE.
Questionei sobre isso com o Coordenador e Auditores, que se mostraram surpresos com a pergunta. Pelo visto, não consta nos procedimentos oficiais.
3. Concluo afirmando que a votação paralela não garante a integridade do sistema eleitoral em sua totalidade.
3.1 A digitação de um "simples código" pelo emissor do relatório de urna - presidente ou mesário - pode fazer toda diferença no resultado, a depender dos cracks camuflados nas 17 milhões de linhas do programa.
3.2 As mesas de votação, aparelhadas com ativistas, podem fraudar de diversas formas os resultados da seção.
3.3 O tempo de três dias, dado às equipes selecionadas para analisar e testar a vulnerabilidade de programas com 17 milhões de linhas é insuficiente.
Porém, foi o suficiente para certificar que a identificação do voto dado por cada eleitor é possível, isto é, o voto não é secreto na atual urna eletrônica.
Suficiente também, para constatar que o programa de algorítimos - utilizado para criptografar os dados inseridos e garantir sua segurança no processamento de embaralhar os dados de quem votou em quem, como também nas transmissões para totalização - estão superados, não são mais utilizados em todo o primeiro mundo, há mais de 17 anos, devido à sua fragilidade, facilidade de ser decodificado.
3.4 - Pela total impossibilidade de rastreamento, auditagem e posterior recontagem, o sistema eleitoral informatizado brasileiro atualmente utilizado, não tem como comprovar e garantir sua qualificação.
3.5 - A confiabilidade e garantia da qualidade do sistema poderá ser obtida com a impressão do voto. Em caso de dúvida, os votos físicos impressos poderão ser recontados manualmente.
3.6 - Opor-se a essa solução, demonstra interesse inconfessável de manter o sistema vulnerável, manipulável pelos que detém as chaves dos programas.
Desse modo, caso não ocorra mudanças até agosto deste ano, será mantido o agendamento da fraude eleitoral para 2016.
E se não houver conscientização da sociedade organizada quanto a isso, será mantido o agendamento da fraude também para 2018, quando o PT "fará o diabo" para se manter na Presidência da República.
Convenhamos, após termos o conhecimento da corrupção institucionalizada pelos quadrilheiros do PT, os oito programadores chefes - detetores das senhas dos softwares - não estão acima de qualquer suspeita.
Não podemos perder tempo!
Pressão para aprovar a PEC-10, com voto impresso para garantia do eleitor.
Por um Sistema Eleitoral Informatizado, que permita auditagem e recontagem.
Monitor cativo de cada urna, mostrando a digitação dos votos, preenchidos anteriormente por alunos de escolas públicas. |
Telão exposto ao público, apresentando imagem da digitação dos votos nas cinco urna sorteadas um dia antes do pleito. |
Conferindo dados do relatório de urna com os emitidos pelo computador em paralelo. |
As diversas vias do relatório de cada urna. |
Conclusão dos trabalhos na urna com pendrive (mídia) dos registros. |
Assinatura dos relatórios finais do procedimento de votação paralela, pelo representante da OAB-BA e pelo presidente do TRE-BA |
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