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domingo, 7 de junho de 2015

Fraude agendada

A tomada de poder pelo PT passa pela instrumentalização também do sistema informatizado das eleições. Acompanho desde o final dos anos noventa a implantação e uso das urnas eletrônicas no sistema eleitoral brasileiro, suas idas e vindas para chegar até aqui, como um sistema confiável e seguro. São mais de 16 anos denunciando o perigo da farsa eleitoral, aceita por muitos. Infelizmente, a confiabilidade propagada pelo TSE não é comprovada. Ficamos então apenas com a promessa de que La garantia so yo! dita pelo TSE, que endossa o que afirmam os donos das senhas dos programas.

Como demostração de segurança e confiabilidade do processamento eleitoral, são realizadas várias encenações para tentar iludir o eleitor menos atento. 

Uma delas, é a escolha de equipes inscritas no TSE para testar, avaliar e detectar vulnerabilidades nos programas de votação e apuração. É dado às escolhidas três dias para analisar as 17 milhões de linhas de programação e apresentar os registros do que foi encontrado quanto a vulnerabilidade.

Veja no link http://www.folhapolitica.org/2013/10/especialista-e-professor-da-unb-diego.html#.VXBS7zNRNLg.facebook > vídeo com o depoimento do especialista e professor da UNB, Diego Aranha, que coordenou uma dessas equipes em 2012.

Uma outra encenação, apresentada às TVs abertas às vésperas do pleito de 2014, foi a guarda em cofre-forte do disquete com os programas aprovados e certificados pelos especialistas do TSE. 


Contou com a presença do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, Procurador Geral da República Rodrigo Janot,  o presidente da OAB, Marcus Vinícios Coêlho, o vice-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, além do ministro Luiz Fux, representantes do PDT e do PCdoB. Coisa de cinema!

A terceira, é a eleição paralela, feita no mesmo dia do pleito, no mesmo intervalo das 8 às 17 horas, pelo pessoal dos Tribunais Regionais de cada Estado da Federação, em local aberto ao público, com acompanhamento de Auditores Independentes(4), representantes do Ministério Público, da OAB, dos Partidos(0), da Imprensa(0) e de quem assim desejar, como eu(1).

Nas últimas eleições, em 2014, participei do teste da eleição paralela no auditório do TRE-BA, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Entrei no auditório, com capacidade para cerca de 300 pessoas, sem nenhum outro observador além de mim. Nem de partido, nem de imprensa - apenas pessoal de comunicação do próprio TRE - nem qualquer outro cidadão interessado. Todas as pessoas eram partícipes do teste de segurança denominado de eleição paralela.


Descrição do teste

O teste de segurança eleição paralela foi feito em cinco urnas sorteadas na sexta-feira, através de sistema tipo das loterias com bolas, lacradas, trazidas sob a proteção da Polícia Militar do Estado e guardada no prédio do TRE em sala fechada, até o início do teste.

Toda o teste é gravado em vídeo e áudio, com câmeras cativas para cada urna, um telão mostrando ao auditório vazio a "ficha eleitoral" com os dados a digitar, assim como a tela das urnas quando da inserção dos candidatos. 



Ás 8 horas, as urnas foram liberadas para votação, usando fichas de voto já preenchidas anteriormente por alunos de escola pública, com os candidatos ou partido. O que era digitado na urna também era digitado em um computador de mesa.


Às 17 horas, foi encerrada a votação e foram emitidos os relatórios de cada urna, comparado com os dados obtidos no computador paralelo, conferido, certificado e assinado pelos representantes oficiais, não havendo diferença entre eles.

No dia do segundo turno voltei a acompanhar e tal como fiz na votação paralela do primeiro turno, pedi ao Coordenador, realizadores, fiscais e auditores vários esclarecimentos quanto aos procedimentos, disponíveis ao público em forma de manuais.

Resumo das observações 

1. A votação paralela testa apenas o programa da urna eletrônica. Não testa os programas de totalização.

2. Antes do início da inserção de dados nas urnas eletrônicas, não foi verificado se o programa nela existente tinha o mesmo código de certificação do programa autorizado pelo TSE.
Questionei sobre isso com o Coordenador e Auditores, que se mostraram surpresos com a pergunta. Pelo visto, não consta nos procedimentos oficiais.

3. Concluo afirmando que a votação paralela não garante a integridade do sistema eleitoral em sua totalidade. 

3.1 A digitação de um "simples código" pelo emissor do relatório de urna - presidente ou mesário - pode fazer toda diferença no resultado, a depender dos cracks camuflados nas 17 milhões de linhas do programa.

3.2 As mesas de votação, aparelhadas com ativistas, podem fraudar de diversas formas os resultados da seção. 

3.3 O tempo de três dias, dado às equipes selecionadas para analisar e testar a vulnerabilidade de programas com 17 milhões de linhas é insuficiente. 

Porém, foi o suficiente para certificar que a identificação do voto dado por cada eleitor é possível, isto é, o voto não é secreto na atual urna eletrônica.

Suficiente também, para constatar que o programa de algorítimos - utilizado para criptografar os dados inseridos e garantir sua segurança no processamento de embaralhar os dados de quem votou em quem, como também nas transmissões para totalização - estão superados, não são mais utilizados em todo o primeiro mundo, há mais de 17 anos, devido à sua fragilidade, facilidade de ser decodificado.

3.4 - Pela total impossibilidade de rastreamento, auditagem e posterior recontagemo sistema eleitoral informatizado brasileiro atualmente utilizado, não tem como comprovar e garantir sua qualificação.

3.5 - A confiabilidade e garantia da qualidade do sistema poderá ser obtida com a impressão do voto. Em caso de dúvida, os votos físicos impressos poderão ser recontados manualmente. 

3.6 - Opor-se a essa solução, demonstra interesse inconfessável de manter o sistema vulnerável, manipulável pelos que detém as chaves dos programas. 
Desse modo, caso não ocorra mudanças até agosto deste ano, será mantido o agendamento da fraude eleitoral para 2016. 

E se não houver conscientização da sociedade organizada quanto a isso, será mantido o agendamento da fraude também para 2018, quando o PT "fará o diabo" para se manter na Presidência da República.

Convenhamos, após termos o conhecimento da corrupção institucionalizada pelos quadrilheiros do PT, os oito programadores chefes - detetores das senhas dos softwares - não estão acima de qualquer suspeita. 

Não podemos perder tempo!

Pressão para aprovar a PEC-10, com voto impresso para garantia do eleitor. 

Por um Sistema Eleitoral Informatizado, que permita auditagem e recontagem.


Monitor cativo de cada urna, mostrando a digitação dos votos, preenchidos anteriormente por alunos de escolas públicas.
Telão exposto ao público, apresentando imagem da digitação dos votos nas cinco urna sorteadas um dia antes do pleito.



Conferindo dados do relatório de urna com os emitidos pelo computador em paralelo.

As diversas vias do relatório de cada urna.


Conclusão dos trabalhos na urna com pendrive (mídia) dos registros.

Assinatura dos relatórios finais do procedimento de votação paralela, pelo representante da OAB-BA e pelo presidente do TRE-BA


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