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domingo, 20 de setembro de 2015

Cerveró confirma Valério

Na reportagem intitulada Ordens de Cima (VEJA,edição 2439 de 19.08.15) o jornalista Robson Bonin resgatou uma história contada pelo mensaleiro Marcos Valério, sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel em Santo André, no dia 19 de janeiro de 2002.
Celso Daniel 
Essa história faz parte dos segredos prudentemente esquecidos pelos que receiam por sua integridade física e de seus familiares. O alcance desse crime pode fulminar qualquer pretensão futura dos envolvidos.
Nestor Cerveró
Agora quem lança holofotes sobre o crime é Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, durante os depoimentos para obter aprovação do Ministério Público do seu acordo de delação premiada, finalmente efetivado.
Celso e Lula em comício
Ocorre que a compra da sonda Vitória 10.000 foi direcionada pelo presidente da Petrobras na época Sérgio Gabrielli, através Cerveró, para a construtora Schahin com o objetivo de quitar a dívida de R$ 60 milhões, remanescente da campanha Lulaláu - 2006 junto ao banco Schahin, administrado pelo mesmo grupo da construtora da sonda.

Cerveró revelou que, além de quitar a dívida de campanha, a compra serviu para encerrar outro assunto nebuloso envolvendo empréstimos do banco Schahin e o PT: o pagamento a um empresário que ameaçava denunciar a trama que resultou no assassinato de Celso Daniel, envolvendo Lula, Gilberto Carvalho e José Dirceu, caso não recebesse uma boa grana para se firmar nos negócios.

Nos depoimentos ao Ministério Público para obter aprovação para acordo de delação premiada o ex-diretor da Petrobras Renato Duque está detalhando as operações feitas pelo José Carlos Bumlai e sua participação no esquema de corrupção.
Marcos Valério
É a mesma história contada por Marcos Valério ao Ministério Público, quando tentou negociar um acordo de delação premiada, que ao final não foi efetivado.
Na ocasião Marcos Valério disse que se recusou a fazer essa operação e que coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, socorrer a cúpula petista. 
Foi o mui amigo Bumlai que contraiu empréstimo de R$ 6 milhões com o banco Shahin para calar o chantagista. Depois usou de sua influência na Petrobras para direcionar os contratos de compra e operação da sonda à construtora do grupo Shahin.
Velório de Celso Daniel
Vale lembrar, que o prefeito morto era o coordenador da campanha eleitoral de Lula em 2002, ano em que foi eleito pela primeira vez. E que as pessoas - não pertencentes à cúpula petista - que por acaso participaram dessa trama, têm o estranho costume de morrerem assassinadas.

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