Pesquisar este blog

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Imagem para Aliança

Causa-nos impacto as imagens diárias que revelam o terror vivido pelos que deixam sua pátria em busca de refúgio nos países europeus. 

Imagino o que essa "invasão" deve provocar nos habitantes e na organização econômica e social daqueles países.  

Entretanto, parece-nos que os líderes europeus ainda perceberam a gravidade da situação. 

Basta lembrar que, por bem menos que tudo isso, o Iraque, Afeganistão e redondezas, sofreram maciça e fulminante invasão militar por parte dos países que formavam as Forças Aliadas, comandadas pelos EUA. 

Arte da Revista VEJA Edição 2442 de 9.9.15

Praticamente todos os países da Europa - Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Holanda - além de Israel, Síria, Turquia, Líbano, Austrália, Canadá e outros, deixaram de lado a Organizações das Nações Unidas (ONU) e se uniram para combater o ditador Saddam Hussein, sob a alegação não confirmada de que o Iraque fabricava e armazenava armas bioquímicas radioativas de "destruição em massa". 



Agora, que ditadores de países africanos e do Oriente Médio, violentam cidadãos e exterminam tribos inteiras que não confessam a mesma crença ou regime político, pouco ou nada até esta semana foi feito para detê-los, tanto pelos europeus como pela ONU. 

Por causa disso, a Europa vem sofrendo há meses "invasão" de milhares de estrangeiros que fogem daqueles regimes ditatoriais.

Abdullah Shenu, pai de Aylan - Foto de  Murad Sezer/Reuters

Não é preciso ser estrategista para se ter a certeza de que uma ação conjunta dos países livres para derrubar os ditadores desses países - como foi feito com Saddam Hussein - seria solução adequada a todos e bem mais barata que os gastos econômicos e culturais já feitos para acolher cerca de 800 mil refugiados, de um total estimado em 7 milhões, sem tanto sofrimento e mortes. 



Será porque não são estratégicos para os Estados Unidos nem para seus "aliados"?

Aylan na praia - Foto de Nilufer Demir/AP




Foi preciso que um menino afogado lançado na praia acordasse a opinião pública mundial para que alguma coisa efetiva começasse a ser feito.  




As imagens de Aylan, de apenas três anos, nas areias de uma praia do Mar Mediterrâneo, fará parte da dor do seu pai sobrevivente, Abdullah Shenu, que além dele perdeu no naufrágio a esposa Rehan e seu outro filho Galip de 5 anos.
Policial turco carrega Aylan - Foto de Nilufer Demir/AP

Esperamos que essas mesmas imagens, de um inocente deixado pelas ondas sobres a praia, como que dormindo, sendo cuidadosamente carregado por um cidadão europeu, farão parte da história da civilização ocidental e de todos nós cristãos, humanos, solidários...


Aylan e seu irmão Galip - Foto familiar



Em tempo:

No Vietnam, que na época nos parecia tão distante, a escalada da guerra começou a definhar, quando imagens de crianças queimadas por napalm lançado pela aviação norte-americana foram mostradas nos jornais e revistas de todo o mundo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário