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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Temer acuado

A delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, é uma verdadeira metralhadora ponto 100, como avaliou Sarney. Ela vem abatendo os maiorais do PMDB com informações detalhadas no tempo, quantia, pagador, recebedor e no modus operandi da organização criminosa partidária.

Presidente interino Michel Temer

As divulgações de encontro dele com Michel Temer, presidente interino da República, em Base Aérea, onde teria sido pedido ajuda para a campanha do menino Gabriel Chalita ao governo de São Paulo, é apenas um aperitivo.
A parte que mais atinge Temer é o detalhamento do que ocorreu entre os líderes que participavam do butim na Transpetro. O mais explosivo está na descrição que Machado deu das desavenças, cada vez maiores entre os senadores do esquema, pela partilha das propinas acumuladas em um fundo virtual.
Para apaziguar os ânimos acirrados entre membros da quadrilha, e evitar brigas que poderiam resultar em riscos ao esquema criminoso, Michel Temer precisou se reeleger à presidência do Senado... Para meio entendedor, basta!

Na posse de Temer havia vários
investigados pela Lava Jato

Isso pode indicar que Temer comandava a gangue que usou a Transpetro para se locupletar. Esse entendimento também se revela na convocação do pronunciamento de Temer à imprensa - sem direito a perguntas - para rebater as denúncias de Machado.
O discurso pseudo indignado, mostra a fragilidade do presidente em exercício e dos seus argumentos. Apela para a governabilidade que ele está dando ao país com equipe econômica e com o ministro José Serra nas Relações Exteriores; devaneia citando o apoio que está recebendo das pessoas que encontra; e arrisca na retórica ao considerar que alguém que cometeu atos como os malfeitos citados por Sérgio Machado, não teria condições de estar à frente da presidência da República... Isso é verdade! 

Citado por Sérgio Machado
Alves deixou o ministério
do Turismo

Verdadeira também é a justificativa dada por Henrique Alves - citado na delação de Machado - ao pedir exoneração do ministério do Turismo: "Saio para não provocar qualquer constrangimento ao governo de Temer".
Ele, que também foi citado, poderia fazer o mesmo, mas não fará, confirmando o ditado "faça o que digo, mas não faça o que faço".

Está a cada dia mais à mostra, a forma pedradora com que atuam os partidos políticos brasileiros. São eles as verdadeiras "organizações criminosas" citadas pelo procurador-geral Rodrigo Janot e por diversos ministro do Supremo. 

Visto em toda a sua amplitude, esse podero$o esquema de corrupção institucionalizada no Legislativo, com capacidade de corromper os demais poderes e empresas privadas, mostra os riscos que a Lava Jato vem correndo ao longo desse período de denúncias e condenações. 

Juiz Sergio Moro

Só o apoio obtido pela Lava Jato, junto à opinião pública, pode explicar o tratamento dado pelo ministro Teori Zavascki à divulgação da conversa telefônica entre Lula e Dilma, no dia anterior à posse na Casa Civil.
Por muito menos várias operações realizadas pelo MPF e Polícia Federal foram anuladas, sob justificativas de escuta ilegal, abuso de poder, ultrapassar competências, constrangimento aos investigados pelo uso de algemas, etc. e etc., tudo para livrar os bandidos endinheirados das previsíveis condenações.

Ao juiz Sérgio Moro e aos participantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, registro aqui nossa gratidão e admiração, por terem conseguido atuar com lucidez, paciência, competência e sabedoria ante todos os obstáculos, visíveis e ocultos, armados contra eles. E que Deus abençoe a todos nós que batalhamos para ter governantes íntegros e competentes!

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