Presidente Michel Temer |
O presidente
da República, Michel Temer, acertou jantar com o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, Gilmar Mendes, na noite do dia 27 passado. O encontro não constou na
agenda dos dois.
Repórteres do canal Globo News, descobriram, divulgaram e
cobraram explicações do Planalto.
A assessoria de imprensa do Planalto informou
que o jantar foi pedido por Temer para discutir a Reforma Política.
Os
ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha souberam do jantar que quiseram
participar.
O encontro ocorreu um dia após a Procuradoria Geral da República (PGR) entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a acusação
contra Temer por crime de corrupção passiva. E no dia da divulgação da
lista tríplice com os mais votados para substituir Rodrigo Janot na condução
da PGR), a partir de 17 de setembro próximo.
Temer queria discutir Reforma Política em um jantar a sós, conforme acertado inicialmente. Os ministros vieram a reboque, depois.
Temer e Gilmar podem se
encontrar quando e onde quiserem.
Mas por que fazer isso em encontro solitário, às escondidas, sem
agenda e sem divulgação?
Parece-me que Temer vem obtendo assessoria especializada
do amigo Gilmar, que é um dos ministros que vai julgar o presidente, no caso de a Câmara Federal aceitar o pedido do STF para processá-lo.
Ministro Gilmar Mendes |
Depois que Gilmar
Mendes inventou que as provas contra a chapa Dilma-Temer não podem ser
utilizadas quando o presidente é Temer, podemos esperar qualquer coisa desse
ministro “que envergonha o Judiciário”, como disse Joaquim Barbosa em sessão do
STF.
Seu empenho para libertar bandidos de colarinho branco é visível em
suas sentenças e em suas declarações de guerra, contra todos que vêm combatendo
a corrupção sistêmica instalada nas governanças, tais como, Operação Lava Jato,
Sérgio Moro, Rodrigo Janot, Herman Benjamin, Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Celso de Melo, Cármen Lúcia...
Depende dos ministros do Supremo repudiar atitudes que favoreçam as organizações
criminosas e a corrupção institucionalizada, que nos trouxe à maior
crise política, econômica e social ocorrida no Brasil.
Os citados acima já mostraram
que estão empenhados no combate à corrupção e na construção de um novo Brasil.
Sabemos que os do mal têm recursos, são traiçoeiros e não possuem quaisquer limites morais.
São criminosos que se acostumaram a saquear o País e o seu povo durante décadas, com a complacência dos órgãos fiscalizadores.
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