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domingo, 29 de março de 2020

Em menos de 48 horas

Não foram necessárias nem 48 horas para que o pronunciamento do presidente Bolsonaro fosse assimilado pelos governadores. 

Passada a histeria eleitoreira os governadores que criticaram o alerta do presidente para não fechar os estados e as cidades, considerado criminoso, passaram a liberar feiras livres, borracheiros, Ceasas, casas de material de construção, restaurantes e hotéis em estradas... 

Na Bahia, o governador liberou comércios locados em menos de 200 m² de área, Ceasa do Rio Vermelho e feiras livres com boxes afastados para evitar aglomeração. 
O de São Paulo seguiu no mesmo caminho. 

O que mudou nesses dois dias para gerar essa mudança de orientação? 

Praticamente nada, mas a realidade se impõe aos interesses políticos e o fechamento dos estados e cidades já estavam causando desabastecimento, por não considerarem essenciais uma teia de atividades que passam despercebidas ao cidadão. 

Os profissionais da saude, segurança, transporte público, padarias, supermercados e bancários são os primeiros lembrados e "liberados" para se expor ao vírus todos os dias. 
Esses trabalhadores não são imunes ao vírus, mas em seu ofício tomam os cuidados para evitar contágio: afastamento, álcool-gel, lavar as mãos, máscara, limpeza do chegar em casa.  

Como se vê, as medidas de contenção do coronavírus se sobrepõem à politica rasteira que visualizamos durante esta semana. 






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