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sexta-feira, 6 de março de 2015

Corrupção e impunidade

As revelações da Operação Lava Jato despertaram revolta generalizada contra a dupla maligna que estrutura e mantêm o sistema de poder no Brasil: corrupção e impunidade. O males se multiplicam quando agem em parceria, como temos assistido há tempos no Brasil.

Usando números de exame de paternidade através do DNA digo, sem qualquer receio, que elas estão nas origens de 99,99% dos problemas que os brasileiros sofrem sem necessidade, impostas pelos governantes e dirigentes, por falta de interesse real de administrar os recursos dessa terra abençoada por Deus e bonita por natureza.

Revigora nossas esperanças ao registrar que há significativas exceções a essa mesmice de esquema corrupto, implantado desde a capital da República até aos cafundós de judas.

A desfaçatez dos que se revesam como donos do poder não consegue impedir que fiquem expostas a todos, além da falta de interesse, a falta de planejamento, de contingências, verbas alocadas à tempo, gerência eficaz, fiscalização atuante, respeito para com o bem público e com o cidadão brasileiro.

Dia 15 é dia de demonstrar se aprendemos com as lições dos protestos de julho de 2013, a partir do aumento das passagens de ônibus, e com os caras pintadas de agosto de 1992, pelo impeachment de Fernando Collor. 

Corre por dentro, atropelando, o movimento pelo impeachment da presidente Dilma. jogando uma nuvem de poeira que turva o legítimo desejo dos cidadãos de exigir dos poderes institucionais um basta à corrupção e à impunidade. 

Como em um jogo de xadrez, as figuras que possuem maior poder só podem ser removidas com foco efetivo e paciente, a partir de observações, denúncias, investigações, inquéritos, julgamentos, muita dedicação e trabalho. 

Isso pôde ser percebido dia 06.03.15, com a divulgação do relatório detalhado do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, entregue ao ministro do STF Teori Zavascki, fundamentando os pedidos de abertura de inquérito, arquivamento e os citados que não serão investigados. Com o relatório foi pedido também a quebra do sigilo processual, o que foi aceito de pronto. Graças a Deus! 

Nesse último caso está a presidente Dilma Rousseff, à qual Rodrigo Janot alegou não ter competência para investigar. Depreendi das informações dadas que a presidente da República em exercício não pode ser investigada por denúncias de crimes praticados antes de assumir o cargo. 

O processo de impeachment - procedimento de competência exclusiva do Poder Legislativo - é apenas uma das possíveis consequências da citação de Dilma nas investigações da Operação Lava Jato. E é bom que se reconheça que não é a última. 

Mesmo em caso de impeachment ou renúncia, ainda haverá muito trabalho à frente para conseguir encurralar os reis visíveis ou nem tanto, que sugam e humilham as força produtivas da Nação. Lembrem-se de Fernando Collor, deu literalmente em nada! Foi absolvido em todos, repito, em todos os processos... E a corrupção e a impunidade continuaram até pior do que antes. 

O momento é único, não vamos desperdiçar.

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