Qual foi o governo mais corrupto no Brasil?
Minha estimativa para os valores obtido no governo Collor através espertezas e truques gerenciais, mais conhecidos como corrupção, alcançou cerca de R$ 4,2 bilhões, grande parte vinda do uso das moedas podres no pagamento nas compras de empresas públicas.
Inicialmente, a ministra Zélia Cardoso decidiu que títulos da dívida pública não poderiam ser utilizadas para essas compras, mas um ano depois, quando valia 12% do valor de face, os foram considerados aptos ao negócio. A essa altura a maior parte desses títulos já estava na mãos dos que tinham a informação privilegiada. A Bolsa sabe desse movimento.
Os pedágios cobrado por PC - Paulo Cesar Cavalcante Farias -, em troca de medidas específicas tomadas pelo governo, completa o restante.
PC foi suicidado junto com a namorada Suzana Marcolino, conforme laudo pericial de Badan Palhares comprado por 4 milhões de reais pelo irmão dele, Augusto César Cavalcante Farias.
Os pedágios cobrado por PC - Paulo Cesar Cavalcante Farias -, em troca de medidas específicas tomadas pelo governo, completa o restante.
PC foi suicidado junto com a namorada Suzana Marcolino, conforme laudo pericial de Badan Palhares comprado por 4 milhões de reais pelo irmão dele, Augusto César Cavalcante Farias.
Nos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso - FHC, o movimento já foi muito maior, com auxílio de uma equipe de economistas e político e político e políticos profissionais, amealharam cerca de 54 bi de reais, pelas privatizações faz-de-conta. Os rendimentos do por fora bem partilhado continua até hoje... Lá fora.
Os tucanos venderam empresas estatais e mistas com a justificativa de pagar ou pelo menos reduzir a dívida externa de 60 bi de dólares no início do primeiro mandato. Mesmo assim, ao final dos oito anos de governo tucano estava em U$120 bi. Sem falar do contrato assinado para entrega da Base de Alcântara aos Estados Unidos, barrado no Congresso.¹
E os governos petistas? Por uma característica própria do partido, os petistas democratizaram a corrupção. Os valores são obtidos em todos os espaços e movimentos dos companheiros instalados em todos os cargos já existentes, além dos novos criados a mancheias sem escrúpulos, como manda as lições da cartilha gramsciana.
O Tesouro da Nação e os brasileiros foram saqueados em mais de 120 bilhões de reais. Onde há dinheiro tem a mão grande do PT desviando para si e para o partido. Há os que se orgulham por se manterem honestos, isto é: roubam só para o partido, sem usufruir dos desvios. A não ser as facilidades obtidas junto aos companheiros e nos bancos.
O empresário tucano Ricardo Semler escreveu artigo no jornal Folha de S. Paulo de 21 de novembro de 2014, afirmando que Nunca se roubou tão pouco no Brasil. Fez isso, apesar das investigações da Operação Lava Jato já apontarem à época para os desvios sistematizados nas diretorias e gerências da Petrobras. Nele tenta firmar isso como verdade e tentar justificar o título do artigo, considerando apenas dois eventos.
O primeiro é a suposição de que há décadas empresários evadiram 1 trilhão de reais do Brasil!!! E daí? Isso nem as contas CC5 no escândalo do Banestado, confirmam. E o próprio FMI estima em U$ 600 bilhões o total de dinheiro que se lava anualmente no mundo todo!
O segundo é a de que não conseguiu contratos na Petrobras desde 1970 até hoje, por não se sujeitar a pagar propina. Isso só comprova que há corrupção nas áreas em que se propõe prestar serviços. Não permite depreender nem afirmar de que se roubava muito mais antes dos 12 anos dos governos do PT.
Por pudores ou memória seletiva, Ricardo Semler esqueceu de citar as principais áreas de corrupção dos governos tucanos. Cito três inesquecíveis: a privataria ou ação entre amigos para repasse de estatais a preços ínfimos; a compra dos parlamentares para aprovação da PEC da reeleição de FHC, operada por Sérgio Mota, já falecido; o engavetamento dos processos e investigações das denúncias de corrupção pelo Engavetador Geral da República, Geraldo Brindeiro.
Ricardo Semler é hábil em chamar atenção para o que escreve, dando títulos instigantes, como a seu livro campeão de vendas Virando a própria mesa, no qual revela as decisões e esforços gerenciais para recuperar sua empresa ameaçada de fechar.
Certamente exagerou no longo título de artigo Nunca se roubou tão pouco, mas conseguiu muitos cliques, como diria o blogueiro Léo personagem do folhetim Império.
Um dia antes de pedir demissão a presidente da Petrobras Graça Foster, emitiu relatório apresentando balanço provisório da empresa, onde registra perdas de R$ 88,6 bilhões devido a corrupção, incluindo os desvios de R$ 34 bilhões na construção da Refinaria Abreu de Lima em Pernambuco e de R$ 800 milhões na compra da Refinaria de Pasadena no Texas (EUA).
O aparelhamento das instituições do Estado pelo PT leva-me a confirmar que o saque aos recursos públicos e privados é o maior já perpetrado no país desde sempre. Basta ver os prejuízos lançados sobre as previdências privadas Petros, Previ, Postalis, Funcef e Aerus. Essa última foi liquidada pelo governo petista em 2006 e seu patrimônio evaporou.
Vale ver também a origem do novo escândalo de corrupção, revelado pela Operação Zelotes em meados de março deste ano de 2015, com desvio estimado em R$ 19 bilhões no valor das multas aplicadas a grandes empresas e reduzidas pela quadrilha achacadora.
E o Conselho Administrativo de Recurso Fiscais - Carf, onde ocorreram as manobras desse desvio, é órgão criado sob medida através de Medida Provisória em 2008. O Conselho é paritário composto por 216 conselheiros, sendo 108 representantes da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), selecionados pela Secretaria da RF, e 108 representantes dos contribuintes, selecionados através de formação de listas tríplices pelas confederações representativas de categorias econômicas de nível nacional e pelas centrais sindicais e definidos pelo Comitê de Seleção de Conselheiros. O Conselho é vinculado à Secretaria Executiva do ministério da Fazenda. Essa forma de composição é ideal para implantar esquemas de corrupção como o ora descoberto pela Polícia Federal.
Considerando ainda a entrega da refinaria da Petrobras na Bolívia ao companheiro Evo Morales, o perdão das dívidas milionárias de países africanos, os contratos secretos de financiamento feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a países como Cuba, cuja a perda estimada em R$ 500 bilhões, pelo procurador de Goiás Helio Telho Corrêa Filho, não dá para concordar com Semler que Nunca se roubou tão pouco².
E o Conselho Administrativo de Recurso Fiscais - Carf, onde ocorreram as manobras desse desvio, é órgão criado sob medida através de Medida Provisória em 2008. O Conselho é paritário composto por 216 conselheiros, sendo 108 representantes da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), selecionados pela Secretaria da RF, e 108 representantes dos contribuintes, selecionados através de formação de listas tríplices pelas confederações representativas de categorias econômicas de nível nacional e pelas centrais sindicais e definidos pelo Comitê de Seleção de Conselheiros. O Conselho é vinculado à Secretaria Executiva do ministério da Fazenda. Essa forma de composição é ideal para implantar esquemas de corrupção como o ora descoberto pela Polícia Federal.
Ao contrário! Temos consciência de que a força-tarefa, formada por membros do Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário, coordenada pelo juiz Sergio Moro, ainda tem muito trabalho pela frente, para apurar tantos desvios, obter a punição dos culpados e a devolução de toda essa dinheirama - com multas, juros e correção monetária - aos devidos donos: Petrobras, Acionistas, Receita Federal, BNDES, Petros, Aerus...
Notas:
2. Vide artigo em questão no endereço:
< http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1551226-ricardo-semler-nunca-se-roubou-tao-pouco.shtml >
# Texto revisado e atualizado em 31.03.2015 às 14:50 h.
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