Muitos
políticos não estão acreditando que a força-tarefa da Lava Jato está mudando o Brasil para melhor.
Deltan Dellagnol, procurador do MPF na Lava Jato |
Estavam acostumados a descumprir as leis e ficar por
isso mesmo.
A impunidade fazia parte do sistema. Tinha sido institucionalizada.
No máximo uma renúncia, cassação e perda de direitos políticos, que não impediam de continuar cometendo crimes até o retorno ao posto anterior.
A
maioria dos processos era arquivada por falta de indícios relevantes.
É claro, só podia ser. Não havia investigação!
Os Tribunais de Contas, o Ministério Público e a Polícia
Federal eram desestimulados e dissuadidos - de diversas formas - a fiscalizar e
investigar, de modo que o STF não tinha dificuldade de rejeitar ou arquivar denúncias.
Com o Mensalão as coisas começaram a mudar. A Lava Jato veio confirmar que as
leis devem ser cumpridas.
Para quem estava acostumado a descumpri-las, estranha quando há empenho nas investigações, processo, prisão, multa, devolução do roubo...
São esses os motivos que levam as organizações criminosas, instaladas nas mais nobres instituições da República, a tentar deter a Lava Jato. De qualquer maneira!
Com o apoio dos cidadãos de bem, a Lava Jato continuará investigando
os que não cumprem as leis.
Trabalho esse que não era feito com competência e destemor há muito
tempo.
Juiz Sérgio Moro na força-tarefa da Lava Jato |
Estamos vivendo um tempo histórico muito especial.
A decisão do ministro Teori Zavascki, de trabalhar durante o recesso do Judiciário, e o apoio dado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, para organizar a documentação da delação premiada da Odebrecht, nos dá muitas esperanças de um 2017 digno de ser celebrado com justiça, ética, competência, lucidez, honestidade...
Comunicado público da Odebrecht: confissão de culpa e compromissos de correção. |
* Texto veiculado no site Migalhas: < http://www.migalhas.com.br/Leitores/250817 >
Nenhum comentário:
Postar um comentário