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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Cúpula ameaçada

Como a força-tarefa da Operação Lava Jato pretende agir para processar tantos políticos da cúpula do Executivo e do Legislativo denunciados na delação da Odebrecht? 

Michel Temer, Rodrigo Maia e Renan Calheiros

As informações e provas obtidas nas delações dos 77 executivos da Odebrecht envolvem cerca de 200 políticos da governança do país, incluindo o presidente Temer do Executivo, Renan Calheiros do Senado, Rodrigo Maia da Câmara, ministros de Estado, líderes partidários, parlamentares da base do governo, governadores, prefeitos... 

A quantidade de envolvidos atuando no governo Temer, na Câmara e no Senado é tão significativa que pode haver reações em grupo, com chantagens, obstruções e ameaças à governabilidade, visando emperrar e até anular as investigações. 
Esses farão de tudo para barrar as investigações, os processos e impedir o andamento dos trabalhos no Congresso. 

A estratégia da paciência e firmeza, utilizada até agora pela força-tarefa da Lava Jato, é a maior garantia de que o trabalho da Lava Jato será levado a cabo com sabedoria, competência e coragem. 

O pedido de apoio feito à sociedade pelo juiz Sérgio Moro e procuradores do MPF, faz todo sentido. 

Sem o apoio da opinião pública, instituições republicanas, sociedade organizada, redes sociais e dos  meios de comunicação, o trabalho da força-tarefa será muito mais difícil do que desde já reconhecemos ser. 

Fundamental o apoio dos ministros do STF nessa hora.

Nossas atenção e participação podem evitar manobras traiçoeiras contra a apuração das responsabilidades e punições. 

A carta do presidente Temer pedindo ao procurador geral da República, Rodrigo Janot, agilidade nas apurações dos crimes denunciados, aponta para uma evolução menos traumática da crise e para o aprimoramento do atual sistema político de governança, baseado na corrupção, chantagem, impunidade, tráfico de influência, desfaçatez, canalhice e deboche.

O compromisso sacramentado pela Odebrecht, em publicações nacional e internacional, precisa ser lido e assimilado pelos agentes públicos e privados do nosso País, com o maior empenho. 

As mudanças, nisso que aí está, são muito bem vindas!

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