A organização criminosa instalada nos poderes da República deixaram
de lado os disfarces e partem para o tudo-ou-nada contra a democracia, contra
os cidadãos de bem.
Uma das estratégias
é fazer o povo crer que os brasileiros são imorais e que o Brasil parece um país de trambiqueiros.
Esses comentários nada sutis são do ministro do Supremo e
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes e do ministro da
Justiça Osmar Serraglio.
O ministro Luíz Barroso, também do STF, declara que é
impossível não sentir vergonha pelo que acontece no Brasil.
Parece-me que esses
e muitos outros servidores públicos do alto escalão, estão tentando deixar os brasileiros constrangidos, de modo que nos sintamos indignos de cobrar decência e honestidade dos servidores públicos e punição aos criminosos investigados pela Lava
Jato.
E já que somos todos corruptos por que condenar só alguns?
Essa conclusão cavilosa
pode estar revelando uma visão limitada apenas aos horizontes da Praça dos Três Poderes, onde a densidade de corruptos, trambiqueiros e imorais por metro
quadrado é, sem dúvida, a maior do País. Incluindo os 300 ou mais picaretas da
Câmara e outros tantos do Senado.
Lembro a discussão em plenário entre o então
presidente do STF Ricardo Lewandowski e o ministro Gilmar Mendes.
O primeiro, que era presidente da Casa, fala
dos capangas de Gilmar e o segundo revida dizendo que não era de São Bernardo do Campo e
não fazia fraude eleitoral!!! Entenderam?
Eles entenderam e a seção foi logo suspensa por Lewandowski.
Já o ministro Luíz Barroso cometeu em rede nacional crime de
falsidade ideológica, quando omitiu as palavras “e
demais votações” na leitura do Regimento Interno da Câmara Federal (RI), ao votar
pela anulação do recebimento do processo de impeachment de Dilma. No popular: mentiu.
Barroso suspendeu titubeante a
leitura, antes dessas últimas palavras, para sustentar seu voto contrário ao que define o RI.
Vergonha
é isso, ministro!
O ministro Lewandowski, presidindo as seções do julgamento do impeachment no Senado,
incorreu em, digamos, desvio de função, quando aprovou monocraticamente - sem
levar à apreciação e votação pelo plenário - a proposta de “fatiar” a pena de
cassação e perda dos direitos políticos, constante no parágrafo único e
indivisível da Constituição, referente ao impeachment de presidente da
República. E ficou por isso mesmo!
Os demais ministros do STF também se
omitiram na cobrança de esclarecimentos e abertura de processo por, no mínimo,
incompetência.
Com uma vitrine dessas, só os cidadãos de bem conseguem superar
a tentação de fazer o mesmo que fazem as autodenominadas Vossas Excelências.
Lembramos aos
integrantes da cúpula da governança, que os cidadãos de bem no Brasil são muito mais numerosos do que tentam impingir os defensores de criminosos com foro privilegiado...
E atento às pérfidas manobras contra a Lava Jato.
Não passarão!
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