O relatório
da Polícia Federal (PF), entregue na sexta (21.7) ao Supremo Tribunal Federal
(STF), concluiu que não houve obstrução da Justiça por parte de José Sarney nem
dos senadores Renan Calheiro e Romero Jucá, gravados por Sérgio Machado (ex-Transpetro) em comentários dirigidos contra a Lava Jato.
Registra que não há provas de que as palavras foram seguidas de
atos para criar dificuldades à Lava Jato e obstruir a Justiça, argumentando que
uma suposta “intenção” não configura crime.
A PF deixou
de considerar as intensas mobilizações e manobras dos grupos comandados pelos citados,
para desfigurar o projeto de origem popular "10 Medidas Contra a Corrupção",
tornando-o um projeto de ameaças contra os agentes investigadores e servidores
da Justiça.
Nem lembrou
que o antigo projeto de Renan Calheiro contra abuso de autoridade foi
desarquivado, assumido por Romero Jucá, e colocado para votação em regime de
urgência, exatamente quando as investigações da Lava Jato alcançaram as cúpulas
do Legislativo e do Executivo.
O relatório
da PF também não considerou vários outros projetos de lei preparados sob medida,
para impedir os trabalhos da força-tarefa da Lava Jato, com a intenção clara de livrar os criminosos das
condenações e ampliar a impunidade.
Pelas
colocações feitas aqui, pelas notícias veiculadas nos meios de comunicação
sobre o Acordão e as denúncias das manobras espúrias para
brecar a Lava Jato, o Relatório da PF aparenta ser uma resposta burocrática em atendimento às governanças ora investigadas.
É um forte alerta aos cidadão que lutam por um Brasil livre das organizações criminosas instaladas nos principais partidos políticos.
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