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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Hacker ataca a Lava Jato

De acordo divulgado pelo site The Intercept Brasil, os celulares do juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dellagnol foram interceptadas de 2015 a 2019, através vulnerabilidades existentes no aplicativo de mensagens Telegran, originário da Rússia.

Certamente, muitas outras autoridades também foram ou são interceptadas em suas comunicações, com claro objetivo de chantagem e interesses escusos. 

A pergunta primeira do investigador é: A quem interessa o crime de interceptação de celulares de agentes-chaves, ligados à Operação Lava Jato? 

De acordo com o site divulgador, o criminoso gravou conversas que preenchem 1.700 páginas, recebidas de uma fonte anônima, que se dizia ansiosa para divulgar as conversas. 

Pelo dito, estrai-se que o criminoso já detinha essas gravações há pelo menos três anos. 

Por que não divulgou antes? Eis a questão. 



O objetivo que transparece, era postergar a divulgação na esperança de flagrar conversas que confirmassem a tese da defesa do ex-presidente Lula, de que o juiz Moro não demonstrava imparcialidade, estava a serviço do PSDB, da CIA, das elites, e que promovia perseguição política ao réu... E com isso, pedir a anulação do julgamento. Xeque mate!?

Essa tese não se sustenta quando confrontada com os fatos reais registrados. 

Vejamos. Lula foi investigado pelos procuradores da Força Tarefa da Lava Jato, pela Polícia Federal (PF), condenado pelo então juiz Moro, condenação confirmada em segunda instância a qual ainda ampliou a pena dada por Moro. 

Após essa sentença condenatória, Moro emitiu mandado de prisão, cumprido pela PF após contumaz encenação petista. 



A parcialidade e perseguição se dissolve num toque, ante a constatação de que Moro julgou, condenou ou absolveu cerca de mil pessoas, arroladas pela Operação Lava Jato, pertencentes aos mais diversos partidos políticos, empresas privadas e estatais. 

As conversas das centenas de páginas gravadas, tem como alvo à Operação Lava Jato e como objetivo levantar suspeição de parcialidade e perseguição por parte do juiz Moro. 

Mencionam o caso do triplex no Guarujá e o comentário de Moro a Dellagnol sobre a falta de ação concreta durante mais de mês por parte do MP. 
Para o universo de fatos de corrupção, a ausência de operação causa espécie a Moro e à população de bem, que torce pelo sucesso da Lava Jato. 

Com o pedido de exoneração em 16/11, para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, o juiz Sérgio Moro, deixou de ser o juiz de primeira instância. 
Foi substituído pela juíza Gabriela Hardt, que também teve haqueado seu celular. 

O criminoso esperou mais sete meses torcendo para que Moro dissesse alguma coisa que atestasse a parcialidade e perseguição política contra o ex-presidente Lula, preso em Curitiba-PR. 
Pelo visto, foi em vão, pois as conversas divulgada, como se fossem "provas" de parcialidade e perseguição política, são todas anteriores a 2018. 

Se tudo o que foi considerado de mais grave pelo site The Intercept Brasil se resume às conversas divulgadas, fica sem sustentação a tese básica da defesa de imputar parcialidade e perseguição ao juiz Sérgio Moro. 

Isso ficou patente na condenação - por unanimidade - no julgamento em segunda instância, que ainda aumentou a pena sentenciada pelo juiz Moro. 

Além disso, na mesma linha de raciocínio, houve rejeição de mais de uma centena de recursos impetrado pela defesa de Lula, não pelo juiz Moro, mas sim pelos tribunais superiores: Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). 



Com a exposição clara de que o objetivo era atentar contra a Lava Jato para reforçar a tese de parcialidade e perseguição por parte de Moro, visando anular o julgamento que condenou Lula, o criminoso entrou em contato na noite de 12/6 com o procurador José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República e candidato à lista tríplice para escolha do novo procurador-geral da República, usando celular do procurador militar Marcelo Weitzel, ex-procurador-geral da Justiça Militar e atualmente conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público. Passou áudio demonstrando espanto, pois seria divulgado à imprensa, buscando obter algum comentários contra a Lava Jato. 
Ao final, afirmou que não era Marcelo e sim o hacker invasor, declarando-se - sem que lhe fosse perguntado - não ter partido, nem ideologia e ser apenas um servidor da TI (Tecnologia da Informação)!!! Papo revelador. 

Era preciso disfarçar e convencer o público de que grampeou os agentes-chaves da Lava Jato por mera casualidade, oportunidade, quase sem querer... 
E ameaçou com novas divulgações de conversas grampeadas. 

Essas ações orquestradas contra a Lava Jato já apontam para os mandantes interessados na escutas ilícitas e na divulgação seletiva de forma bombástica. 

Desde que começou a dar resultados concretos a partir de 2014 - após o dono do posto de combustível próximo a Brasília, e também chefe da quadrilha, usar o telefone fixo sob escuta da PF porque seu celular caíra no vaso sanitário - a Operação Lava Jato já sofreu todo tipo de ataque. 

Superou a todos com lucidez e tenacidade por parte dos procuradores, agentes, delegados, juízes e ministros. 
E vai superar mais esta e muitas outras que virão no rastro das investigações aos gangsteres instalados nas altas cúpulas do poder nas últimas décadas.

Vida longa à Lava Jato, é o que todo brasileiro de bem deseja e acredita.


sábado, 8 de junho de 2019

Bolsonaro e a Globo


É revelador o que ocorre com a rede Globo nesses cinco meses de governo Bolsonaro: demissões, reduções de salário, perda de audiência e de credibilidade ao assumir abertamente posição contra o atual governo federal e distorcer fatos em seus programas de jornalismo e notícias. 

Exemplo disso assisti quando da aprovação da reforma administrativa do governo, com redução de 29 para 22 ministérios, sem a inclusão de mais dois ministérios como queriam os deputados chantagistas do Centrão.

Entretanto, a manchete foi "governo sofre nova derrota no Congresso", com a aprovação do destaque que tirou o Coaf do ministério da Justiça e Segurança Pública, com Sérgio Moro, e passou a Paulo Guedes no ministério da Economia.

O fato de reduzir 7 ministérios, otimizar estruturas perdulárias de governos anteriores com até 39 ministérios ou com status de ministério, e a economia dos gastos na manutenção dessas estruturas, isso foi olimpicamente esquecido. 

Essas distorções dos fatos também estão presentes nos comentários e direcionamentos de âncoras, colunistas e de seus contratados.
O ambiente é tenso com a determinação de cortar custos e economizar.

Fica visível a todos que a empresa tinha nos governos anteriores a garantia de aportes significativos em verbas de propaganda, como forma de obter apoio á ideologia comunista-socialista e a leniência ante os erros e ilícitos por eles cometidos. 

Esse proceder era usual nos meios de comunicação nas últimas décadas: falar bem de quem paga as contas, atender suas demandas e interesses ideológicos. 

Lembro que no governo FHC, deparei-me com propaganda da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na revista VEJA, preenchendo oito páginas com fotos para dizer nada além do óbvio.

Liguei para redação questionando o significado do desperdício, e que esse "agrado" iria interferir na hora de divulgar e investigar os atos do governo. 
A pessoa que me atendeu, disse que Redação e Publicidade estão em diretorias separadas... E acrescentou, que a publicação "graciosa" estava em todas as revistas semanais e jornais do país!!!

Dá para imaginar a frustração que dirigentes de empresas privilegiadas com verbas milionárias de governos passados têm em relação à essa nova forma de governar. 

Entretanto, não me parece que isso seja o motivo dessa campanha de ódio contra Bolsonaro, visto que outras empresas de comunicação sofrem da mesma falta de verba do governo e ajustam orçamentos, sem comprometer o jornalismo dos noticiários e demais programas. 

Parece haver outros interesses contrariados, além das verbas milionárias sustadas pelo governo Bolsonaro.

Outros grupos ideológicos e econômicos enricaram nos governos petistas e tiveram os planos frustrados por um capitão sem recursos, a não ser a verdade e a proposta de mudança.

Adélio não é um acaso em Juiz de Fora - MG, e se ele não dispor de atenção especial, pode ser "suicidado" na prisão.

O objetivo de remover o líder da mudança continua. Os órgãos de segurança do presidente já sabem do que são capazes. Toda segurança ainda é pouca.
A clonagem do celular do ministro Sérgio Moro é parte desse cerco em tocaia. Por sorte foi detectada.

Com essa forma de Bolsonaro governar em benefício da população, sem desperdiçar recurso público, combatendo a corrupção e o crime organizado que afundaram o país, quem ganha é o povo brasileiro, é a democracia fortalecida.



sábado, 1 de junho de 2019

MP das armas

Vejo que a equipe do presidente Bolsonaro pode emplacar os melhores projetos de reformas em benefício da população brasileira. 

A cada Medida Provisória (MP) ou proposta de reforma apresentados pelo governo, geram muitas críticas e alertas dos deputados, senadores, instituições sociais, mídia e a oposição propriamente dita. 

É como se os políticos, militantes da oposição e a sociedade organizada, acordassem para a necessidade da participação nos destinos da Nação e, de repente, tivessem alcançado a sapiência para solucionar os problemas mais graves que afligem o Brasil, emitindo comentários de reprovação, ressaltando pontos dissonantes, inconstitucionalidades e apresentando projetos substitutos  esquecidos há anos nos desvãos do Congresso Nacional.

A mobilização contra o contingenciamento R$ 1,7 bilhões no Ministério de Educação e Cultura (MEC), que representa 30% das despesas não obrigatórias das universidades federais, mostra essa "nova sensibilidade" social por parte da oposição em relação à Educação, visto que durante os governos Lula e Dilma houve contingenciamentos R$ 10 bilhões em 2006 e 2015, sem protestos.

Pressionado por mobilização intensa da oposição, o governo Bolsonaro alocou recursos extras às universidades. Infelizmente, os governos do PT não foram pressionados a reduzir contingenciamentos bem mais elevados. Desse modo, a atuação oblíqua da oposição promove melhoras no governo Bolsonaro.  

Outro exemplo disso é a MP que regula venda, posse e porte de armas de fogo.

A primeira redação foi revisada após contestações de grande parte da sociedade organizada. Após reemissão, revisando vários pontos contestados, continua a receber muitas críticas opinativas e poucas críticas técnicas. Dessas últimas, é pertinente a proposta para a identificação das cápsulas das munições, que permitirá rastreamento nos casos de investigação de crimes. 

Nisso tudo, é significativo que Bolsonaro esteja propondo o que foi prometido na campanha eleitoral: combate à corrupção, estruturar a segurança pública, ministério técnico sem o toma-lá-dá-cá, reforma da previdência, reforma tributária... Enfim, por a economia do país em condições de proporcionar um mínimo de desenvolvimento, emprego e bem-estar social, onde possamos andar nas ruas sem mede de levar um tiro em um assaltado. 

As promessas de Lula de fazer um governo ético e sem corrupção evanesceu nos primeiros seis meses de 2003, deixando milhares de eleitores que, como eu, acreditaram no discurso de campanha... E a cleptocracia petista durou 13 anos.

Vale dizer que ninguém será obrigado a comprar ou portar arma, só aos que comprovarem necessidade e capacidade para tal, sob fiscalização da Polícia Federal e do Exército... Bem diferente do que propaga a oposição .

Nos Estados Unidos, país que tem a população mais armada do planeta, com 98 armas de fogo por cada 100 habitantes, tem taxa de assassinatos de 4,6 por 100 mil habitantes (/cmh). 

A ONU considera epidemia taxa maior que 10/cmh.

No Brasil "desarmado", o Atlas da Violência de 2019, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)¹, divulgado em 05.06, registra número recorde de 65.602 assassinatos em 2017, numa taxa 31,6/cmh. 

Desse total, 47.510 foram mortas por arma de fogo, atingindo 72,4%, a maior taxa que o país já registrou. Em 1980 esse índice era de 43,9%. 

número maior do que os 45 mil soldados norte-americanos mortos durante os 15 anos de guerra no Vietnã ocorrida de 1959 a 1975.

Os números demonstram que, após o "projeto de desarmamento", a matança continuou praticamente na mesma proporção de antes. 
Em 2007 o número de mortes por arma de fogo foi de 34.147. Aumentou de 26% em uma década de pleno "desarmamento", taxa anual média de 2,6%, abaixo dos 5,44% no período de 1989 a 2003, ano da implantação do Estatuto do Desarmamento². 
A Globo preferiu informar o índice de 0,8%, sem relatar o período considerado.
Em valor absoluto, a Bahia teve 7.487 assassinatos em 2017, o maior número entre todos os 26 estados da federação. 

Como comparativo, em um ano o número de assassinatos  Isso precisa mudar. 

O pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro,  ora no Congresso Nacional, aponta na direção dessa mudança, com estruturação dos órgãos de segurança, desestimula o criminoso com elevada possibilidade de punição, com prisão após condenação em segunda instância e medidas que reduzem a prescrição do crime e a impunidade sistêmica, existentes há décadas para criminosos endinheirados.
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1. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, usa números e dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Dados do blog foi atualizado em 05.06.19, já considerando as informações do Atlas da Violência de 2019.

2.  Dados do SIM de 1989 a 2003.

Fonte: http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/

- Atualizado em