Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A democracia por um fio

 A população brasileira vem sendo acostumada durante três décadas a acreditar que as atuais urnas eletrônicas, sem a impressão do voto virtual, são seguras.


Eis aí a questão.
Atualmente, não há como saber!

Não é possível entender porque os ministros do Supremo Tribunal Federal consideram que as urnas eletrônicas são confiáveis, considerando as justificativas apresentadas em seus votos no julgamento que rejeitou a implantação de urnas com impressão de voto. 

A justificativa mais utilizada foi de que a impressão do voto virtual - que o eleitor visualiza, aprova, é cortado e cai em urna de lona, sem qualquer manipulação -, quebra o sigilo do voto e, em sendo assim, é inconstitucional.

As razões apresentadas nos votos dos ministros, quanto a quebra do sigilo do voto, estão na área do absurdo, ininteligível, ilógico, grotesco e do risível.

É reveladora a justificativa que a ministra Cármen Lúcia utilizou para concluir pela rejeição do voto impresso: com o voto impresso aparecendo no visor transparente vai permitir que o eleitor fotografe para mostrar ao miliciano ou cabo eleitoral de cabresto, para obter vantagens ou comprovar o cumprimento da ordem dos "patrões".

O leitor já deve estar se perguntando: como é possível que uma ministra da mais alta corte do país tenha considerado que o eleitor acessará a urna eletrônica com celular ou câmera espiã, capaz de só filmar o voto impresso, mas não é capaz de filmar o tela da urna com o candidato escolhido, voto teclado e finalizado? 

Se o eleitor quiser filmar seu voto poderá fazer isso também nas urnas atuais! Será que agora vão impedir que o eleitor veja na tela de vídeo da urna eletrônica os candidatos escolhidos, antes de apertar a tecla verde Confirmar?

Vale lembrar que não é permitido ao eleitor acessar a cabine de votação com celular ou filmadora. Se o eleitor levar escondido não cabe ao mesário fazer uma revista, mas pode observar se há uma movimentação estranha na cabine e pedir ajuda do supervisor do TRE e à polícia, caso necessário.


Quanto as formas de fraudar as urna eletrônicas, é de domínio público que os programadores do software a ser instalado na urna podem manipular a apuração do voto teclado pelo eleitor. No vídeo anexado ao final é apresentado uma forma de acionar o modo fraude ao dar partida na urna, ao ligar a urna de uma forma específica. 

A urna inicia o processo de votação quando é digitado o código com cerca de oito números. Curioso que o mesmo código é usado para todas as urna do Brasil! 

Em informática é usual pedir um determinado processamento com inserção de um código. Mas já que o código é comum a todas, bastaria ligar a urna! Ou não? Sei. 

Entretanto, um programador corrupto pode inserir nas cerca de 15 mil linhas do programa normal alguma linha com o modo fraude, do tipo: SE não é candidato XX, assumir candidato XX. Esse deve ser usado na Venezuela, onde o candidato oficial chega a ter mais de 95% de votos.

Ou como no caso do vídeo anexo ao final: SE já contou três votos assumir XX. Isto é: a cada três votos, qualquer que seja o candidato, o totalizador assume o candidato favorecido pelo programador. 

Surpreendente foi o número de voluntários para compor a mesa de recepção dos votos nessas eleições pandêmicas. Muito maior do que nos pleitos anteriores. Uma das formas mais usadas para que a urna processo no "módulo fraude" é na maneira de ligar e iniciar a urna. Um mesário corrupto pode se adiantar a todos e ligar a urna de um modo específico para processar o "módulo fraude".

Os ministros da suprema corte têm demonstrado que quer intervir na política. O poder que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) detém torna-se fundamental para implementar as mudanças que acham necessárias.

Não se trata de teoria da conspiração. É a realização de um plano de dominação. Se quiser provar que não é isso, só com implantação de auditagem garantida. O voto impresso é essa garantia de recontagem nos casos de suspeita ou dúvida. 

Numa eleição passada, quando fui me dirigir à urna para iniciar os procedimentos, uma mocinha esperta já tinha ligado a urna sem a presença de outro mesário, sozinha. Na ocasião achei estranho ela ter feito isso, mas não atinei para a fraude. Se fosse hoje, desligaria a urna e religaria com o código comum a todas as urna. Fiquem atentos a isso em 2022!

Ministro Barroso faz balanço
das eleições no 2° Turno 

O ministro Barroso acredita que as urnas eletrônicas são seguras e vai além: não há chance de implantação de voto impresso no Brasil-il-il... Uáu, extrapolou!

Há pessoas que acreditam que a Terra é plana; na existência do unicórnios alados; de que o ser humano não nasce menino nem menina; no que o Lularápio diz; e os que acreditam que as urnas eletrônicas são seguras. Enfim, cada um de nós possui crendices. 

E para não ficar qualquer dúvida, devo dizer que não acredito em nenhuma das crendices acima. Muitos como eu acreditam que a melhor forma de evitar possíveis fraude nas votações com urnas eletrônicas é com a implantação do voto impresso, confirmado pelo eleitor, que cai em urna de lona, sem qualquer manuseio. 

Todas as urna já possuem impressora interna.
Nesse modelo o módulo impressor do voto é externo.

Também será  a única forma de auditar a apuração. Pois as encenações que fazem no TSE, permitindo que alguns poucos escolhidos acessem a urna durante três dias, seis horas por dia, para tentar violar o acesso, nada significam quanto a fraude preparada por pessoal "interno". 

Ah, mas todos os servidores e  programadores do TSE são íntegros, honestos, concursados, etc. etc.!!! Sim, mas não são imunes às tentações. Logo...

Se o ministro Barroso conhecesse um pouco mais de programação em informática e as vicissitudes que ocorrem na alma humana, talvez não tivesse tanta certeza. 

É até admirável a pessoa que acredita, que tem fé, que crê. Mas Barroso já foi enganado olimpicamente por duas vezes: uma, ao afirmar que o terrorista italiano Cesare Battisti era inocente, e na outra quando declarou que João de Deus tinha a capacidade espiritual de fazer aflorar o que há de melhor em nós.

Lascou-se! 

Battisti confessou os assassinatos assim que chegou na Itália. E o João do Capiroto foi desmascarado por inúmeros testemunhos de mulheres e meninas das quais abusou sexualmente, em atendimento nem um pouco caridoso. 

Enfim, Barroso não é a pessoa mais indicada para convencer o povo de que o sistema eleitoral que usa as urnas eletrônicas é seguro. Não é, mesmo.

Fico pensando em como os parlamentares do Congresso Nacional vão convencer os semideuses do Supremo da necessidade do voto impresso! 

Por que não? Com o voto impresso todas as dúvidas se dissiparão, caem por terra. Vai permitir auditar e garantir a lisura do sistema de votação por urna eletrônica. Do jeito que está é como sangrar a democracia brasileira até a morte. Não desistimos.



.

Nenhum comentário:

Postar um comentário