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sábado, 28 de novembro de 2015

La garantia soy yo!

No editorial "Retrocesso nas eleições" (colado abaixo) os editores do jornal A TARDE registram que se renderam aos argumentos falaciosos da maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que consideram retrocesso a implantação do voto impresso. 
Os atuais editores do jornal, se rendem ao costume enraizado na cultura nacional de deixar ao Grande Irmão Governo a responsabilidade de fazer as coisas acontecerem. Preferem deixar os programadores e gerentes - donos das senhas secretas dos programas da urna eletrônica - os únicos responsáveis pela "garantia" das eleições. Cansaram, é pena!
Se seus repórteres e jornalistas tivessem se interessado em acompanhar a construção fantasiosa dessa garantia, saberiam que ela é igualzinha a dada às mercadorias contrabandeadas do Paraguai, onde o ambulante afirma sem pejo: "La garantia soy yo!".
Considerando o grau de honestidade dos atores que ocupam os mais altos cargos da República, é muito arriscado aceitar a palavra do TSE - gerente do processo -, de que o sistema é garantido e imune a fraudes, pois o mesmo não realizou qualquer investigação para apurar e corrigir os "erros" registrados até em vídeos nas últimas eleições. E o pior, não deu qualquer satisfação à sociedade quanto a isso!
Pode ser que por algum milagre a equipe atual seja honestíssima e assegure a lisura do processo. Porém, o sistema tem de ser assegurado para qualquer outra equipe que assuma o sistema eleitoral. Se houvesse confiança em todos os participantes da equipe não seria necessário fiscalização, pois não?*
E aqui vale lembrar a frase de Obama sobre o Acordo Nuclear com o Irã: Não há confiança nesse acordo. Há, porém, um conjunto de ações e vigilância que vão garantir o cumprimento do acordo.
Uma auditoria física é imprescindível para qualificar a lisura de qualquer sistema informatizado. E o único - eu disse, o único - modo de impedir fraude nos programas das urnas é o voto impresso.
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* No bate-boca entre os ministros do STF Gilmar Mendes e Lewandowski, na sessão de 02.12.15, ficou sem resposta a ilação ou acusação proferida por Gilmar Mendes a Lewandowski: 
Gilmar - Porque não sou de São Bernardo, e não faço fraude eleitoral. 
A resposta de Lewandowski não foi a que se esperava ante tão grave "ilação" sobre fraude eleitoral: 
Lewandowski - Eu não sou de Mato Grosso, me desculpe. Vossa excelência está fazendo ilações incompatíveis com a seriedade do Supremo Tribunal Federal. 
Logo depois do confronto verbal a sessão foi encerrada. A repercussão na mídia foi cautelosa. Veja o bate-boca no texto de Márcio Falcão, publicado no site da Folha de São Paulo, a seguir: 
< http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1714130-lewandowski-e-gilmar-batem-boca-durante-sessao-do-supremo.shtml >

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