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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Odebrecht: Oscar de melhor roteiro original

Há um ano, a revista VEJA publicava reportagem mostrando os déficits que Dilma, PT e cúmplices, através de gerencia fraudulenta, causaram nos fundos de pensão. 
Só em 2015, o rombo dos fundos de pensão alcançou R$ 77,8 bilhões, segundo levantamento da Previc, órgão regulador do setor. O aumento em relação a 2014 foi de 151%. 
Dez planos concentram 80% do déficit de todo o sistema, sendo que nove deles são patrocinados por empresas estatais, das quais oito são federais. 
Os três maiores fundos do país - Previ, Petros e Funcef - respondem por mais de 60% do rombo. 
Os trabalhadores aposentados ou pensionistas foram surrupiados acintosamente pelos gangsteres da organização criminosa que ocupou todos os cargos executivos desses fundos.
Até ontem (11.04.17), os executivos da Odebrecht, ante as declarações veementes de inocência contra acusações sem provas, ilações, mentira dos delatores, perseguição política, afirmações de que todas as contas foram aprovadas pelo TSE e que nunca autorizou usar seu nome para pedir recursos ilegais para candidatos e partidos e muitas outras respostas elaboradas com a mesma cínica desfaçatez, dava impressão de que a Odebrecht era forte candidata a receber o OSCAR de melhor roteiro original de ficção. 
Entretanto, após a retirada do sigilo das delações o que era até então consideradas acusações levianas dos presos para reduzirem suas penas, passou a ser depoimentos ricos em detalhes, mostrando que os políticos indiciados para abertura de inquérito faziam apenas o papel de inocentes indignados. 
Praticamente todos assumiram esse papel do inocente ante a câmara de gás, ante os horrores da Inquisição, ante o terror da guilhotina usada na Revolução Francesa, como discursou Romero Jucá na tribuna do Senado. 
Assistindo os depoimentos do ex-presidente da maior construtora do Brasil, Marcello Bahia Odebrecht (foto), vemos o trabalho primoroso que a força-tarefa da Lava-Jato realizou: amplo, organizado e competente em todos os aspectos! 
Seremos eternamente gratos aos servidores públicos que assumiram a missão de construir o Brasil que todos os cidadãos de bem desejam: sem corrupção e impunidade.
Abaixo a reportagem que provocou o comentário acima.

Abraços
José Renato M. de Almeida
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      Revista VEJA de 11.04.16



A CPI dos Fundos de Pensão, cujo relatório será apresentado nesta segunda-feira, indiciará até 200 pessoas envolvidas em esquemas fraudulentos que deram prejuízo de mais de 3 bilhões de reais a quatro das maiores entidades de previdência complementar do país.
A comissão analisou detalhadamente 15 casos e apontou fraude e má gestão dos investimentos feitos pelos dirigentes da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), da Petros (Petrobrás), Funcef (Caixa Econômica Federal) e do Postalis (Correios).
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, já condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato, “dificilmente não será indiciado”, afirmou o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), relator da CPI dos Fundos de Pensão. Vaccari é apontado como integrante de um acerto de propina na Petros.
Na lista de pedidos de indiciamento ao Ministério Público Federal também estará Alexej Predtechensky, conhecido como Russo e ligado ao PMDB. À frente do Postalis, ele teria fechado contratos com consultorias que apoiaram aplicações suspeitas de conflitos de interesse porque seus executivos atuavam tanto no fundo de pensão como nos planos adquiridos.
Souza disse na noite de domingo que pretendia definir até a manhã de hoje os critérios dos pedidos de indiciamento para não penalizar dirigentes que apenas participaram de reuniões, mas não tomaram decisões que resultaram em prejuízo aos fundos.
A sociedade dos fundos na Sete Brasil, empresa criada para fornecer as sondas do pré-sal à Petrobrás, também foi analisada pela CPI, que concluiu que as condutas dos dirigentes dos fundos foram incompatíveis com uma “gestão responsável”. Segundo o relatório ao qual o Estado teve acesso, a Petros e a Funcef decidiram, por “influência política”, aportar bilionários valores no FIP Sondas (que detém 95% da Sete; os outros 5% são da Petrobrás) “sem observar a prudência exigida, assumindo elevados riscos que colocavam em evidente perigo o dinheiro dos beneficiários daquelas fundações”. A Previ também é sócia, mas tem uma participação minoritária.
O relatório faz também recomendações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) de melhoria do controle sobre os fundos de pensão patrocinados por estatais. O texto do relatório, que deve ser concluído com mais de 700 páginas, ainda propõe alterações na governança dessas entidades, como a criação de um comitê de investimento e de auditoria interna.
O relator também institui o voto de veto para permitir que patrocinadores e participantes tenham poder de impedir que investimentos que julguem temerários sejam levados adiante. Como o veto poderá ser usado por qualquer um dos membros da diretoria, o deputado Souza disse que haverá uma equivalência de poder entre os indicados pelo governo – como representantes das empresas patrocinadoras – e os eleitos pelos participantes.
“Os fundos de pensão, a partir da CPI, serão muito diferentes do que são hoje. As pessoas não estão fazendo as mesmas loucuras de antes. A comissão já produziu um resultado”, afirmou Souza.
Déficit bilionário – No ano passado, o rombo dos fundos de pensão alcançou 77,8 bilhões de reais, segundo levantamento da Previc, xerife do setor. O aumento em relação a 2014 foi de 151%. Dez planos concentram 80% do déficit de todo o sistema, sendo que nove deles são patrocinados por empresas estatais, das quais oito são federais. Os três maiores fundos do país – Previ, Petros e Funcef – respondem por mais de 60% do rombo.

José Renato M. de Almeida
cidadão-eleitor-contribuinte-consumidor...

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