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domingo, 23 de abril de 2017

Só educação não basta

Uma constatação está presente em todas as discussões sobre a corrupção sistêmica instalada no País: é preciso investir em Educação.
A professora universitária Yvette Amaral, em seu artigo "O Papa define a corrupção" (A TARDE 23/04/17), também conclui que "só há uma solução: a educação para os direitos do outro e do bem comum".Entretanto, em seu texto também escreveu que a corrupção começa na escola, quando o professor não faz seu papel e deixa o aluno colar. 

Aí está um complemento fundamental para amparar às virtudes de uma boa educação: atuação efetiva de todos os responsáveis por fiscalizar. No Brasil, a maioria dos fiscais usam a função para obter vantagens ilícitas.


O maior órgão fiscalizador, o Congresso Nacional, passou 16 anos sem aprovar nem rejeitar os relatórios apresentados anualmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU)! Só o fez ante a necessidade de comprovar as pedaladas fiscais no processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Os valores gastos com o TCU e com os diversos Tribunais de Contas, são utilizados para sustentar custosa estrutura que pouco ou nada interfere no controle e na melhoria das contas públicas.


Em conjunto com a Educação e a Fiscalização é necessário que os órgãos da Justiça atuem punindo os governantes corruptos. 
Só com esse trinômio – Educação, Fiscalização e Punição  a equação para inibir de fato a corrupção estará completa. Por onde começar? 


Ante tanta corrupção disseminada, o trabalho da força-tarefa da Lava Jato já nos deu um excelente começo. As investigações e prisões daqueles que eram os maiorais da política e do mundo empresarial, resultam em um trabalho educativo de mudança na contumaz corrupção no Brasil... 

Em qualquer atividade!


Mas até chegarmos ao ponto de envergonhar um deputado brasileiro, como ocorreu na Suécia - por ter gasto em compras pessoais R$ 3,8 mil*, obtidos em milhagem de voos pagos com cartão que o Estado dá a parlamentares - vai requerer muita disposição e lucidez de todos os cidadãos de bem, principalmente dos investidos com autoridade e mandatos.

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* A Suécia possui Agência Nacional Anticorrupção.

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