Em vídeo na Internet, o presidente Michel Temer confirma a reunião em seu escritório político em São Paulo dia 15 de julho de 2010, com o ex-executivo da Odebrecht, Mário Farias e o então deputado Eduardo Cunha (RJ). Confirma também que não se falou em valores, conforme ressaltou Farias em depoimento gravado. Os detalhes do pagamento da propina fora feito em reunião anterior no escritório de Farias no Rio com o deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Foi nela que a Odebrecht aceitou pagar 5% em propina ao PMDB, referente a contrato na Área Internacional da Petrobras no valor de US$ 825 milhões. Essa propina somava US$ 40 milhões. A reunião com os caciques do PMDB, onde Temer e Cunha estavam presentes, foi para confirmar o compromisso já fechado. Coisas de profissionais.
O ex-presidente Lula disse que as delações da Odebrecht que tiveram o sigilo levantado não apresenta qualquer prova às inúmeras acusações ou denúncias feitas. Pelo visto, Lula está falando qualquer coisa para preencher os vazios de argumentos em sua defesa. Ou então está precisando conversar com seus advogados para entender que as delações não precisam apresentar provas para serem consideradas indícios suficientes para a abertura de inquérito. É só na etapa de investigações que ocorrem as quebras de sigilos bancário e telefônico, mandatos de busca e apreensão, intimações e depoimentos de testemunhas, condução coercitiva, visando obter as provas necessárias à aceitação da denúncia. Ficou claro agora?
Um amigo desabafou que não aguenta mais tanta corrupção. Todo dia um novo escândalo revela mais esquemas de corrupção, eu já não aguento mais! Percebi quanto o deixou confuso a avalanche de notícias sobre esquemas de corrupção sistêmica revelados pela Lava Jato e operações similares. Perguntei se quando nada disso aparecia claramente nos meios de comunicação ele se sentia mais tranquilo. Respondeu que sim. Depois parou por um momento me olhando, como se só agora estivesse me vendo. Parece que acordou!
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