Presidente Temer e seu subordinado |
Apesar de Alexandre de Moraes ser considerado constitucionalista e defender a prisão de réu condenado em 2ª instância, há risco de ele mudar sua
convicção detalhada em seus livros e passar a ser do contra.
Com isso, pode
ser alterada a aprovação, em apertada votação, da prisão após condenação
do réu em 2ª instância.
Para obter essa aprovação foi
necessário o voto de Minerva da presidente Cármen Lúcia, após o empate de 5 x
5.
A votação final somou 6 votos a favor da prisão e 5 votos contra.
O ministro Teori Zavascki votou a favor.
Moraes e Temer em conversa informal |
Como a aprovação do indicado
já está garantida pelo Senado - onde há visível interesse em derrubar a decisão
do plenário do STF e em barrar os trabalhos da Lava Jato, o Brasil
corre o risco de voltar a ser o país da impunidade que permitiu a implantação, há
décadas, da cleptocracia ameaçada pelas investigações da Lava Jato.
Esse receio fica ainda mais
forte quando sabemos que Moraes, em sua tese de doutorado apresentada na Faculdade
de Direito da USP em 2000, também condenava a indicação de ocupantes de cargos de confiança
"durante o mandato do presidente da República em exercício" ao
Supremo Tribunal Federal (STF)!
O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), procurador Deltan Dallagnol, já registrou em redes sociais o risco de derrubar os trabalhos já feito e barrar as inúmeras investigações ainda pendentes.
Para piorar o quadro, o indicado para a vaga do ministro Teori Zavascki será também revisor da Lava Jato.
São tristes as lembranças da
atuação do ministro Ricardo Lewandowski, quando revisor do Mensalão, em seu
empenho para travar o processo e livrar os acusados das punições defendidas
pelo ministro Joaquim Barbosa, então relator. O longo processo do Mensalão gerou
uma nova visão da Justiça ante os criminosos ocupantes dos mais altos cargos da
governança.
Protesto ante o Congresso Nacional |
A sociedade brasileira talvez precise se manifestar com firmeza contra essas manobras. Que Deus não permita que isso aconteça. Que o novo ministro resista às múltiplas pressões para mudar suas convicções. A sociedade brasileira precisar se manifestar com firmeza contra essas manobras.
Esperamos que o novo ministro resista às múltiplas pressões para mudar suas convicções e que Deus permita que o País continue firme no combate à impunidade.
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