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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O custo da democracia

O Fundo de Custeio de Campanha Eleitoral, aprovado pelos senadores em 26/9, expõe o verdadeiro interesse dos donos dos partidos políticos: "Quero a minha parte em espécie!". 

Preparando o saque ao Tesouro

Pelo projeto em aprovação no Congresso a propaganda partidária "gratuita" deixará de existir e os impostos que serão recolhidos dos meios de comunicação com a comercialização desses horários, reverterão ao Fundo Eleitoral. 

Porém, será mantida a propaganda eleitoral "gratuita" nos anos de eleições. Como as eleições ocorrem a cada 2 anos, no período de 5 anos haverá 2 anos sem propaganda eleitoral e 3 anos com propaganda obrigatória paga com os impostos recolhidos pelo contribuinte. 

Além desses valores, o Fundo será alimentado também com 30% do total das Emendas Parlamentares previstas para os anos de eleições! 

Como urubus na carniça

Em geral, essas emendas são de projetos que beneficiam a população que vive no curral eleitoral do parlamentar. 
Agora, a população ficará sem mais esses benefícios, cujos valores irão se somar aos bens dos membros das organizações criminosas disfarçadas de partido político. 

A fiscalização dos TRE's e do TSE podem até reduzir os gastos superfaturados pelas empresas de prestação de serviços para gerar caixa 2, mas não alcançarão a totalidade das malandragens operadas por esses criminosos que, assim, poderão comprar cabos eleitorais e quem mais quiser. 

Urna eletrônica com impressora de voto

Enquanto vemos a intensa movimentação para aprovar o Fundo Eleitoral, o Voto Impresso, aprovado há cinco anos, é relegado ao esquecimento pelo presidente do TSE Gilmar Mendes, por seus ministros, pelos ministros do STF, pela imprensa e pelas instituições democráticas que nada fazem para que sua implantação seja concluída até os pleitos de 2018. 

E assim, o Sistema Eleitoral Brasileiro continuará a ser "garantido" apenas pela palavra de seus operadores que, por mais que sejam tão honestos tanto quanto Lulaláu, não estão acima de qualquer suspeita. Não basta ser honesto, tem que garantir que o Sistema opere conforme o estabelecido... E isso só é possível quando há possibilidade de auditagem dos votos, que hoje não se permite! E o presidente do TSE Gilmar Mendes, que deixou passar o tempo sem tomar as medidas necessárias para a implantação, parece estar preocupado com outras demandas.

Gilmar Mendes, atual presidente do TSE

Em 2018, quando teremos um pleito da maior importância, não teremos segurança nem a garantia de que a vontade dos eleitores registrada e confirmada no voto na tela será preservada até a totalização. 

O prazo de três dias (8 horas p/dia=24 horas) dados pelo TSE a grupos de especialistas selecionados para analisar os programas eleitorais é insuficiente para detectar bugs e instruções maliciosas que podem alterar resultados.
Toda fiscalização será necessária para impedir fraudes e gerar denúncias, que devem ser apuradas de pronto e os criminosos punidos exemplarmente. 

Ministro Dias Toffoli presidiu o TSE

O ministro Toffoli, quando presidiu o TSE, achou muito cara a implantação do voto impresso - cerca de R$ 1,2 bilhão - e não o implantou. 

Agora os políticos "arranjam" R$ 2,6 bilhões por ano para custear suas campanhas eleitorais e o senador Jucá acha até barato para termos democracia do país! 

Só teremos democracia de fato quando estiver implantado o voto impresso em todas as urnas eletrônicas, que em caso de suspeitas de fraude ou de erros poderão ser recontados fisicamente! 
Sem isso estamos a mercê do grupinho que detém as senhas dos programas. 

A quem interessa adiar ad eternum a implantação do voto impresso?
 



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