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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Desmanche e saques

O presidente Temer e asseclas ​correm para obter dinheiro vivo para pagar parlamentares que votem contra o segundo pedido de investigação, previsto para ser feito pelo PGR Rodrigo Janot ao STF.

Quando aprovado, o pedido será encaminhado à Câmara que votará pela autorização para investigá-lo ou pelo arquivamento do pedido, caso obtenha 1/3 dos votos (172) dos 513 deputados, suspendendo a continuidade das investigações, que só poderá ser retomada após o fim do mandato. 

Para fazer caixa 2, a organização criminosa instalada no Executivo, sinalizou com a venda da Eletrobras, que dá lucro de R$ 62 bilhões/ano, por R$ 20 bilhões!? A Bolsa de Valores gostou do presente e houve pouca oposição da sociedade. 
Incentivado por esse resultado, no dia seguinte o governo anunciou venda e concessões de mais 57 empresas estatais ou com participação societária.

Logo em seguida, extinguiu por decreto a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) escancarando espaços para exploração de nióbio, ouro, manganês, etc. por parte das mineradoras e para os graves prejuízos ao meio-ambiente daí decorrentes: exploração das reservas naturais da amazônia, reservas indígenas, permissão para legalizar assentamentos e garimpos clandestinos existentes na área, que possui cerca de 6 aeroportos legalizados.

Dessa vez, houve forte reação dos brasileiros conscientes do que isso significa, e o governo emitiu novo texto mas com os mesmos objetivos. Mantida a reação popular, suspendeu a aplicação desse último até dezembro/17, com a desculpa de que durante o período serão feitas reuniões de discussões, esclarecimentos e consulta popular! 
São estratégias para "oficializar" as medidas do crime de lesa-pátria, apostando até lá no esquecimento e desinteresse por parte da população e da imprensa. 

A pressa é justificada: obter adiantamentos de propinas das empresas mineradoras, que foram informadas em primeira mão em Feira de Mineração no Canadá! Só depois foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). As renúncias fiscais continuam aceleradas para a  coleta das propinas. A venda dos Correios também foi anunciada!

Os 172 deputados "fiei$" - número mínimo para rejeitar a denúncia - vão querer garantir o pagamento pelo voto em dinheiro vivo quando da segunda denúncia e não mais em promessas nem sempre cumpridas. O balcão de negócios está aberto e os canalhas antecipam recebimentos das propinas para o rechear o caixa 2... E estamos assistindo esse cenário de desmanche e saque sem questionar. 

Na República Democrática os poderes são independentes, mas devem atuar de forma harmônica. Se um dos poderes apresenta desvios de função de governança e falta de transparência em suas decisões, deve ser questionado a justificar tais atitudes. 

A reforma trabalhista, aprovada de roldão, é considerada positiva pelos empregadores e sindicatos. Mas são os trabalhadores que vão viver, individualmente, as mudanças!

As reformas da Previdência, Política e Fiscal também estão sendo levadas de cambulhada enganosa pela maioria dos parlamentares e políticos de foro privilegiados sob investigação. 

A sociedade organizada (OAB, Associações de Classes, CNBB...) e os órgãos de fiscalização precisam pedir ao STF a suspensão dessas medidas, feitas com intenções claras de proteger os cúmplices investigados, até que o governo apresente planejamento e estudos que apontem aos objetivos a serem alcançados, e não apenas movimentos erráticos para encher pauta e obter recursos de caixa 2 para comprar a manutenção das quadrilhas no poder. 

A hora é essa! 

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