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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Foco, Ciência e Trabalho


Um mês após ocorrer a primeira morte no Brasil o Ministério da Saude (MS), sob o comando de Luiz Henrique Mandetta, determinou que as Secretarias Estaduais e Municipais fornecessem informações sensíveis, tais como: número de leitos, de UTIs, respiradores disponíveis e ocupados; número de pessoas testadas; número de resultados positivos, negativos, inconclusivo e pendentes; e os infectados curados, com alta. 

É revelador que o atual ministro da Saude, Nelson Teich, tenha reiterado em seus pronunciamentos que iria tomar conhecimento dos dados sobre a pandemia, aumentando o número de testes para 46 milhões e criar  uma estratégia de combate e indicar a melhor hora de flexibilizar o isolamento. 

Fica patente que sem os dados agora solicitados pelo MS não há condições de acompanhar a proliferação do vírus, as condições de atendimento do Sistema de Saude e nem os resultados já disponíveis para coleta.

Nos histogramas elaborados em folha A4, com os dados oficiais do Ministério da Saude, vemos que os dados são crescentes mas erráticos, fruto das liberações dos resultados de teste acumulados.

Esse pedido tardio leva-me a inferir que Mandetta não demonstrava ter uma estratégia de combate ao vírus casada com a necessidade de flexibilizar o isolamento, que permitisse a manutenção dos empregos na indústria, comércio e serviços. 

Os números apresentados até hoje são inconsistentes por causa de duas principais ocorrências: mortos atestados por Covid-19, mesmo sem confirmação de teste; há 32 mil testes pendentes de resultado. 

Neste fim-de-semana, São Paulo reduziu de 17 mil pendências para 2 mil, alegando que havia duplicidade na coleta e amostras sem condições!!! 
Desse modo, é impossível obter dados que configure uma tendência minimamente real,  não por culpa dos técnicos mas por falta de orientação na coleta detalhada dos dados.

Gravíssima foi a atitude do governador Dória condenando o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 e só veio distribuir o medicamento quando o coordenador do Centro de Contingencia do Coronavírus de São Paulo, David Uip, declarou que usou cloroquina, prescrita por ele a si mesmo, em receita (foto) que vazou para as redes. 

Até o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, fez várias declarações contra o uso da cloroquina, acrescentando que o único remédio que tem mostrado bons resultados é o isolamento social. Depois que vários países deixaram de seguir suas orientações, Tedros passou a falar em flexibilizar o isolamento.

Enquanto isso, milhares de pacientes ficaram sem a cloroquina por mais de 30 dias. Quantas pessoas poderiam ter seus sofrimentos amenizados e/ou suas vidas poupadas? 

Gravíssima também é a notícia do médico no Amazonas que fez uso da cloroquina em doses muito elevadas com 81 pacientes, que resultou em 11 óbitos, sem que tivesse a autorização de pesquisa
Quando jornalistas divulgaram a notícia, receberam ligações de alguém do MS informando que havia um protocolo de pesquisa. Ao investigar, ficou provado que o protocolo era posterior às pesquisas e aos óbitos!
Estranho o uso elevado de cloroquina por médico do Amazonas, onde a malária é curada com doses iniciais menores, que depois são aumentadas!


Em Ilhéus, no sul da Bahia, um médico que usou hidroxicloroquina e azitromicina faleceu. Sentindo melhoras, foi para casa se recuperar mantendo o mesmo tratamento. Sentiu-se mal foi levado ao hospital mas não resistiu. O protocolo define que esses medicamento só devem ser ministrados em ambiente hospitalar, que permite atendimento com médico, monitor, desfibrilador, em caso de emergência. 

As vezes esquecemos que o Brasil é país continental, os números devem se ater a um espaço mínimo: cidade, município, região, estado. Caso contrário, o trabalho de coleta da informação torna-se pouco útil para tomada de decisão. 

Um bom exemplo disso é a Nova Zelândia, com cerca de 5 milhões de habitantes, registrou 1.440 infectados, 12 mortes, 974 recuperados, 454 em tratamento ou monitoramento. Assim é bem mais fácil.

E a Alemanha, considerada a melhor atuação no combate à pandemia. No dia em que divulgou o maior número de infectados em 24 horas, decidiu anunciar a reabertura de lojas, restaurantes e outras áreas, com medidas de proteção como máscaras, distância e álcool em gel, adjetivada como "rígidas" pela Globo. Essa é a decisão mais difícil para os governantes atuais e requer uma base de dados confiáveis. 
Comparando, a Alemanha é do tamanho de Roraima, tem bom sistema de saude, fez muitos testes e tem ótimo nível cultural. Isso faz diferença.

A extrema imprensa, que faz oposição sistemática a Bolsonaro, seleciona notícias de modo que os entrevistados sejam contra o presidente, contra suas declarações e posturas. O contraditório desapareceu na mídia domesticada. 

A intenção é alongar o confinamento ao máximo, aterrorizar a população, sangrar a economia do país, revoltar os desempregados, para que governadores e prefeitos recebam dinheiro da União... Tudo com o objetivo derrubar Bolsonaro.

Neste gráfico o autor reduziu a largura do eixo do tempo, para obter uma subida agressiva da curva.

A maioria dos cidadãos de bem já perceberam isso e não permitirão que as organizações criminosas, que saquearam o País nas últimas décadas, voltem às suas roubalheiras

A avidez pelo poder por parte dos opositores de Bolsonaro pode resultar em mais mortes aos desassistidos de sempre e levar o país ao caos. 
A decisão de flexibilizar o isolamento pode ser adiado além do necessário. 
A atuação dos cidadãos pode evitar isso e pressionar governadores a flexibilizar o isolamento com as medidas de proteção usuais: máscara, distância, cuidados com a higiene e com os idosos.

Só um homem com a coragem e a tenacidade de Jair Bolsonaro é capaz de se opor aos quadrilheiros e impedir que voltem a roubar o país e enganar a população desassistida.

É revelador que vários hospitais de campanha estão sendo instalados em estádios de futebol superfaturados para a Copa do Mundo. Muitos são verdadeiros monumentos à irresponsabilidade dos governadores e  presidentes do PT. 

O bilhões de reais roubados para pagar propinas sempre fez falta. E hoje, quando todos nós estamos atentos e com tempo para refletir sobre tudo, fica claro que essa falta é a diferença entre viver ou morrer.


Gráfico do MS: número acumulado de infectados e óbitos.



Gráfico do MS: número de infectados diariamente

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