Esta semana de 2 a 8 de maio transcorre como montanha-russa, com muito movimento, velocidade e emoção para ninguém botar defeito. Vale a pena fazer um resumo com alertas aos amigos leitores, começando com o principal:
1. Temer parece trilhar o modelo corrupto da velha política que troca apoio político no Congresso por pedaços do orçamento, poder, cargos e benesses.
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Vice-presidente Michel Temer/PMDB
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Ele pode querer fazer o ajuste fiscal em 18 meses junto com o crescimento do PIB, agravando a vida dos cidadãos comuns. Precisamos estar atentos para rejeitar com justa revolta qualquer aumento de impostos ou redução de direitos do cidadão comum. O ajuste nos gastos deve ser feito com cortes dos privilégios e combate de vícios de má gerência em todas as instituições da República. Já as receitas deverão ser elevadas com o combate à corrupção e com a recuperação dos bilhões de reais surrupiados pelos corruptos, aplicados aqui e lá fora. O presidente da FIESP Paulo Skaf, deu o tom: o ajuste deve ser feito sem aumento de imposto. Mas o veto de Dilma à correção da tabela do IR continua assaltando o cidadão todos os mêses sem que os parlamentares se mexam para derrubar. Por que será?
2. A Mãe-Pátria está recebendo muitos presentes: um consistente e detalhado pedido de investigação nomeando mais de 70 suspeitos de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, obstrução da Justiça, desvio de finalidade, incluindo Lula, Dilma, Jaques Wagner, Sérgio Gabrielli, Paulo Okamoto e outros membros da organização criminosa que saqueia o Brasil há tempos.
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Ministro Teori Zavascki, voto histórico
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O arrazoado do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deu entrada no STF em 16.12.2015, pedindo o afastamento do presidente da Câmara teve, nas 73 folhas do voto do ministro Teori Zavascki ampla, profunda e a melhor guarida. É peça jurídica única, sem precedentes, que vai ficar na história do STF, aprovada integralmente por seus pares (6.5.16) em sábia unanimidade, contradizendo o ditado popularizado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, de que toda unanimidade é burra. Há tempos perscruto sinais como esse, que demonstram o interesse do juízo em coibir os males que os donos do poder causam a todos nós, surfando na impunidade gestada na serviçal conivência de "bandidos de toga" nas cortes de Justiça, como já declarou a destemida ex-ministra Eliana Calmon no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
3. Os discursos "empolgantes" dos quadrilheiros caem no vazio quando a elite petista não conta com o apoio dos dependentes, necessitados e comedores de pão com mortadela. No "lançamento" do Plano Safra, Dilma fez discurso ante o silêncio de alguns poucos participantes do agronegócio, basicamente de um único estado.
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Dilma Rousseff esvazia as gavetas
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Quando há claque, o discurso é marcado pela demonstração de ignorância política, sempre que a governanta emite frases mentirosas com ares desafiador, do tipo: "Eles querem ganhar a presidência sem ter nenhum voto!" Aos menos dotados cabe dizer que Temer foi eleito com o mesmo número de votos que Dilma teve, nem mais, nem menos. Dilma fez coalizão com o PMDB para obter os votos dos eleitores daquele partido. Lula teve de fazer coalizão para poder ganhar as eleições e Dilma, sem o PMDB, dificilmente ganharia as eleições em 2010 e a reeleição em 2014. Já o discurso do "golpe" está com o prazo de validade vencida desde que o plenário do STF detalhou passo-a-passo os procedimentos do processo de impeachment na Câmara e no Senado. Mas continua a ser proferido pelos petistas que não têm mais nada a dizer nos microfones.
Enfim, Feliz Dia das Mães, Pátria muito amada: Brasil!
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