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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Acordão dos corruptos

Depois que os membros da Organização Criminosa, que vêm saqueando os recursos públicos há décadas, perceberam que a quantidade de informações já obtidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato é suficiente para condenar mais da metade dos políticos que ora atuam ou atuaram nos últimos 20 anos no Congresso, nos governos de estados, prefeituras, nas câmaras estaduais e nas assembleias municipais, arquitetaram um plano de salvação - chamado de Acordão - envolvendo todos os partidos políticos, instituições e empresários corruptos, para barrar as investigações e suas consequências: prisão, multa, confisco dos bens e, em alguns casos, perda dos direitos políticos.


Esse Acordão espúrio está em andamento há três meses, tomou folego e acelerou após: o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a cassação de Eduardo Cunha, o indiciamento do ex-presidente Lula réu em três processos, as delações premiadas de participantes da OCrim em postos elevados e as gravações realizadas por Sérgio Machado, ex-Transpetro, com Sarney, Renan, Romero Jucá, que revelaram os principais quadrilheiros da cleptocracia instalada há tempos na República do Brasil. 

O objetivo do Acordão é travar a Lava Jato e manter o sistema político que tem permitido o saque sistemático ao tesouro Nacional e aos recursos da Nação, com todas as garantias de impunidade.


Várias ações e atitudes foram tomadas para barrar as investigações, prisões e condenações que a Operação Lava Jato está realizando de forma competente:


1. A Organização Criminosa contra a Lava Jato - os ministros, políticos, juízes, desembargadores e líderes de órgãos de classe, advogados, ex-presidentes, etc. iniciaram uma enxurrada de declarações e denúncias, desqualificando seus condutores e condenando a forma de conduzir seus trabalhos...


2. Ministros, juízes, desembargadores promoveram a libertação de vários presos, desafiando decisão tomada em fev/16, confirmada em 30.09.16 pelo STF, de que a prisão de condenado em 2ª instância não fere o princípio constitucional de presunção de inocência constante no artigo 5°, LVII da Constituição, determinando que: “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.

Em julgamento histórico o STF manteve o cumprimento da prisão após condenação em 2ª instância por 6 votos a 5. 

Foi por pouco, mas graças a Deus, os canalhas defensores da impunidade para os criminosos endinheirados foram derrotados.


3. O governo Temer tirou de pauta o projeto de lei popular com 10 medidas contra a corrupção. Não há interesse de sua aprovação e, por isso será adiada até o esquecimento... Se a sociedade deixar


4. Discurso do governo Temer de unificação nacional e recuperação da economia é na realidade, a união será entre os corruptos investigados, citados ou ameaçados pela Lava Jato.



5. Emissão pelo governo Temer da Proposta de Emenda Constitucional n° 241 para, inacreditável, fazer cumprir as leis de responsabilidade já existentes. É a lei que já se dizia que estava faltando: uma lei para obrigar a todos cumprir as leis!!! Caso seja aprovada, a PEC manterá deficitário os orçamentos dos próximos 20 anos, se a arrecadação não crescer R$ 170 bilhões em 2017. 

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Revela ser mais um show de pirotecnia e desinformações para preencher os espaços na mídia e criar o ambiente de "esforço conjunto" dos governantes - incluindo parlamentares e as altas cortes do Judiciário.


6. A "pulverização" da Lava Jato, com desmembramento da investigação da corrupção na Petrobras, em processos individuais para cada partido político!!! Agora teremos no lugar de uma declaração dos procuradores, várias entrevistas que deixarão o assunto dormitar até o esquecimento...


Os cidadãos antenados com a realidade atual percebem muitas outras medidas e propostas visando paralisar o trabalho da força-tarefa coordenada pelo juiz Sérgio Moro (foto), e impedir a recuperação do País aos brasileiros, aos homens de bem, aos políticos de caráter e governantes conscientes de que a certeza da impunidade já não é regra institucional... Onde o Congresso, que é principal órgão de fiscalização, passará a cumprir o seu papel. 

Toda atenção ainda é pouca! 


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