Os criminosos tomam
todos os cuidados para não deixar pistas. Compram cúmplices, agentes dos órgãos
de fiscalização, governadores, prefeitos, parlamentares, juízes, ministros,
policiais, imprensa... E quando nada disso dá resultado, ameaçam, chantageiam,
corrompem e até matam para manter a organização criminosa atuando impune. Nos
Estados Unidos, a máfia italiana era uma das maiores - se não a maior -
Organização Criminosa. Dominou cidades e estados por décadas até que, procuradores,
promotores, agentes do FBI, do Fisco, juízes e cidadãos de bem, iniciassem uma
firme oposição a esse estado de coisas.
No início as investigações eram dificílimas, tudo estava dominado. Apesar dos muitos indícios havia poucas provas, nenhum rastro, muito medo, assassinatos de denunciantes, testemunhas e até de cúmplices quando descobertos cometendo algum crime, que resultasse abertura de inquérito e investigação. Lá, como aqui, o tesoureiro do grupo era fundamental, cargo de total confiança. Era protegido de todas as maneiras, para não aparecer nem ser chamado a depor. Era o alvo preferido dos investigadores.Na Itália, também foi “institucionalizado” esquema de corrupção com essas mesmas características, em todas as áreas da administração e prestação de serviços públicos.
Os 39 ministros de Dilma - 2015 |
Nos Estados Unidos, a
luta contra a máfia italiana obteve resultados significativos após mais de
cinquenta anos. Na Itália, os gangsteres assumiram a governança de forma ampla. Tomaram
conta dos partidos políticos, da mídia, dos parlamentos e do Poder Judiciário.
Com tudo dominado, até hoje saqueiam os recursos do país, com pouca oposição
por parte da sociedade, imprensa e instituições importantes, também
contaminadas pelo esquema.
Ministério Público na força-tarefa da Lava Jato |
No Brasil, a força-tarefa da Operação Lava Jato, trabalha há dois anos apurando crimes de corrupção e desvios do dinheiro público, com sabedoria, conhecimento e competência, já é hoje unanimidade junto às instituições democráticas, no meio jurídico, à opinião pública nacional e internacional, como patrimônio ético, moral e processual. Até os investigados, réus e condenados elogiam o trabalho da Lava jato. Uáu!
Apesar de parecer estar atuando há anos, a Lava Jato está apenas no início das investigações. Há um volume enorme de informações e pistas a serem processadas e, melhor ainda, há uma montanha de dinheiro a confiscar dos bandidos e devolvido aos cofres públicos, aos verdadeiros donos: o povo.
As reações contra a Lava Jato, por parte dos envolvidos investigados, tornam-se cada vez mais contundentes, amplas, sofisticadas e muito dissimuladas pelos membros da Organização Criminosa (OCrim) que tentam enganar os cidadãos menos avisados, mentindo sistemática e descaradamente.
As atitudes que os cidadãos de bem tomarem agora em defesa da Lava Jato, farão a diferença quanto aos previsíveis resultado futuros, anotados a seguir.
1) aprimorar o sistema de governança democrática do País
ou
2) retornar ao sistema criminoso institucionalizado que exaure os recursos da Nação e infelicita o povo brasileiro nas últimas décadas.
A Suprema Corte sob suspeita |
No texto da aceitação da denúncia do MPF, que tornou Lula réu no Judiciário, o juiz Sérgio Moro lembra que o "reduzido" valor em questão - R$ 5 milhões, Apt.º do Guarujá, sítio em Atibaia, depósito cedido de graça - não é motivo para cancelar os trabalhos de investigação, visto que há outras conta o mesmo grupo, que apontam para valores bem mais significativos, cujas estimativas alcançam a casa dos bilhões de reais. Como lembrou o irreverente poeta musical baiano Raul Seixas: “Ei, Al Capone, vê se te orienta...”
Capone foi preso e condenado por crime "comum" contra o fisco no Imposto de Renda. Todos os demais crimes cometidos pelo grupo, bárbaros e hediondos - tortura, mutilação, morte, sequestro, prostituição, chantagem, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, compra de agentes públicos, etc. -, apesar de conhecidos e amplamente divulgados, não foram suficientes para colocá-lo atrás das grades.
PMDB assume o governo: os mesmos |
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