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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Hora de decisão

 Os criminosos tomam todos os cuidados para não deixar pistas. Compram cúmplices, agentes dos órgãos de fiscalização, governadores, prefeitos, parlamentares, juízes, ministros, policiais, imprensa... E quando nada disso dá resultado, ameaçam, chantageiam, corrompem e até matam para manter a organização criminosa atuando impune. Nos Estados Unidos, a máfia italiana era uma das maiores - se não a maior - Organização Criminosa. Dominou cidades e estados por décadas até que, procuradores, promotores, agentes do FBI, do Fisco, juízes e cidadãos de bem, iniciassem uma firme oposição a esse estado de coisas.


No início as investigações eram dificílimas, tudo estava dominado. Apesar dos muitos indícios havia poucas provas, nenhum rastro, muito medo, assassinatos de denunciantes, testemunhas e até de cúmplices quando descobertos cometendo algum crime, que resultasse abertura de inquérito e investigação. Lá, como aqui, o tesoureiro do grupo era fundamental, cargo de total confiança. Era protegido de todas as maneiras, para não aparecer nem ser chamado a depor. Era o alvo preferido dos investigadores.Na Itália, também foi “institucionalizado” esquema de corrupção com essas mesmas características, em todas as áreas da administração e prestação de serviços públicos.


Os 39 ministros de Dilma - 2015


Nos Estados Unidos, a luta contra a máfia italiana obteve resultados significativos após mais de cinquenta anos. Na Itália, os gangsteres assumiram a governança de forma ampla. Tomaram conta dos partidos políticos, da mídia, dos parlamentos e do Poder Judiciário. Com tudo dominado, até hoje saqueiam os recursos do país, com pouca oposição por parte da sociedade, imprensa e instituições importantes, também contaminadas pelo esquema.


Ministério Público na força-tarefa da Lava Jato

No Brasil, a força-tarefa da Operação Lava Jato, trabalha há dois anos apurando crimes de corrupção e desvios do dinheiro público, com sabedoria, conhecimento e competência, já é hoje unanimidade junto às instituições democráticas, no meio jurídico, à opinião pública nacional e internacional, como patrimônio ético, moral e processual. Até os investigados, réus e condenados elogiam o trabalho da Lava jato. Uáu! 

Apesar de parecer estar atuando há anos, a Lava Jato está apenas no início das investigações. Há um volume enorme de informações e pistas a serem processadas e, melhor ainda, há uma montanha de dinheiro a confiscar dos bandidos e devolvido aos cofres públicos, aos verdadeiros donos: o povo. 

As reações contra a Lava Jato, por parte dos envolvidos investigados, tornam-se cada vez mais contundentes, amplas, sofisticadas e muito dissimuladas pelos membros da Organização Criminosa (OCrim) que tentam enganar os cidadãos menos avisados, mentindo sistemática e descaradamente. 

As atitudes que os cidadãos de bem tomarem agora em defesa da Lava Jato, farão a diferença quanto aos previsíveis resultado futuros, anotados a seguir.

1) aprimorar o sistema de governança democrática do País

    ou 

2) retornar ao sistema criminoso institucionalizado que exaure os recursos da Nação e infelicita o povo brasileiro nas últimas décadas.


A Suprema Corte sob suspeita

No texto da aceitação da denúncia do MPF, que tornou Lula réu no Judiciário, o juiz Sérgio Moro lembra que o "reduzido" valor em questão - R$ 5 milhões, Apt.º do Guarujá, sítio em Atibaia, depósito cedido de graça - não é motivo para cancelar os trabalhos de investigação, visto que há outras conta o mesmo grupo, que apontam para valores bem mais significativos, cujas estimativas alcançam a casa dos bilhões de reais. Como lembrou o irreverente poeta musical baiano Raul Seixas: “Ei, Al Capone, vê se te orienta...”

Capone foi preso e condenado por crime "comum" contra o fisco no Imposto de Renda. Todos os demais crimes cometidos pelo grupo, bárbaros e hediondos - tortura, mutilação, morte, sequestro, prostituição, chantagem, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, compra de agentes públicos, etc. -, apesar de conhecidos e amplamente divulgados, não foram suficientes para colocá-lo atrás das grades. 


PMDB assume o governo: os mesmos

Já as primeiras prisões feitas pela Operação Lava Jato (OLJ), ocorreram a partir de março de 2014. O processo em andamento para a remoção dos criminosos, empoleirados em todas as instituições da República e nas maiores empresas da iniciativa privadas, está apenas no começo. 

Ainda não dá para cantar vitória, baixar a guarda e reduzir a mobilização para mudar o sistema político atual, construído "na medida" para enriquecer os políticos, seus partidos, seus cúmplices e apaniguados.

É hora de definir posição: defender bandidos de estimação ou defender mudanças para impedir que se reinstale criminosos nos governos. 

Você decide!

                                                    

Aqui estão só os do PT. Faltam os do PMDB, PSDB
PP, PR, PCdoB, DEM, REDE, PSB, PQP ...


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Nota: 
Esse texto foi veiculado parcialmente na Coluna do Leitor do jornal A TARDE de 24.09.16, com destaque na primeira página. 


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