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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Jungmann endossa Mourão


O ministro da Defesa Raul Jungmann, ao discursar em evento (22.10) para mostra de fotos, textos e vídeos do período da ditadura militar, endossou, de modo cruzado, o discurso do general Mourão: a intervenção militar ocorrerá caso as instituições não consigam barrar o avanço das organizações criminosas que se apoderaram da governança do País, ao responder aos jornalistas: 


"Para que intervenção militar? Para resolver o problema da Previdência? Para resolver o problema democrático, que está resolvido? Para resolver o problema da inflação, que está sendo resolvido? Para resolver o problema do desemprego, que está caindo? Para que intervenção militar, se o Brasil está sendo passado a limpo? Temos a Lava Jato, que está punindo aqueles que são responsáveis pela corrupção". 

Nas últimas semanas, intensificaram-se os ataques à Lava Jato e à defesa da impunidade sistêmica por parte da maioria dos políticos, cúmplices e dependentes, depois que a maioria do STF (6x5) deu aos senadores e deputados a palavra final às decisões da mais alta Corte de Justiça de impor medidas restritivas aos investigados que desfrutam de impunidade parlamentar!

E o ministro Alexandre de Moraes tomou para si a bandeira de Gilmar (Beiçola) Mendes, de submeter ao plenário do Supremo a decisão anterior (6x5) que aprovou a prisão do réu após condenação em segunda instância. 

A revisão da prisão após segunda instância ferirá de morte a Lava Jato e anulará todos os avanços já alcançados contra a corrupção e a impunidade. 
Com essas mudanças, não serão mais barrados dos criminosos com foro privilegiado que aparelham os poderes da República, nem os empresários envolvidos com eles em tenebrosas transações. (Royalties a Caetano Veloso)

Moraes parece querer retribuir gentilezas ao antigo chefe.

E a população assiste sem qualquer mobilização significativa! Até quando?


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