Após três anos de Lava Jato, concluímos o aprendizado do que ocorre de fato na política brasileira ao ficarem expostos os esquemas que os partidos e políticos utilizam para saquear os recurso da Nação, em todas as áreas e de todas as formas possíveis e imagináveis.
O personagem Justo Veríssimo, do mestre Chico Anísio, é o que melhor incorpora os políticos que têm como objetivo se locupletar e manter os esquemas funcionando.
À época pensei que Chico tinha exagerado. Não dava para imaginar que os parlamentares eram e são tão corruptos, cínicos, debochados e cruéis.
O bordão diz tudo: "O povo que se exploda!" Exploda foi o eufemismo usado ante o distinto público. Mas dá para entreouvir "O povo que se fod..."
Outro Chico, o Buarque, já em 1990, também denunciava a corrupção sistêmica e a triste forma como "dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações" (Vai Passar)... Foi uma denúncia contra bandidos que não eram de sua predileção.
Hoje, ele defende seus bandidos de estimação que levaram o Brasil à pior situação da história.
O descaramento dos criminosos, pegos pelas Operações Lava Jato e semelhantes, é uma mostra de falta de caráter e de inversão de valores dos canalhas travestidos de políticos.
Cunha critica as prisões preventivas de acusados em entrevista na revista Época (12.10.17) e é perguntado se, pelo fato delas serem mantidas nas instâncias superiores, não é sinal de que Moro está certo.
Cunha responde: "Nós temos um juiz que se acha salvador da pátria. Ele quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil - uma operação com objetivo político. Queria destruir o establishment, a elite política. E conseguiu."
Ele considera-se, junto com os demais bandidos acusados e presos, a "elite política" do país que Moro conseguiu destruir!
Parafraseando o ex-deputado: "Cunha quis montar um império político no Brasil com objetivo semelhante à que destruiu a Operação Mãos Limpas. Não conseguiu".
Graças a Deus e aos servidores públicos da Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário, grande parta da imprensa e da população não comprometidas a corrupção sistêmica, instalada e aparelhada em todas as áreas da governança.
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