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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Antes, dava certo!


Antigamente, agora são outros tempos.

Ex-presidente Lula do PT
Após as condenações de 24 de um total de 37 réus, julgados na Ação Penal 470, mais conhecida como o escândalo do mensalão do PT, iniciada em 2007Lula afirmou que não sabia de nada. "Sinto-me traído." 

E chamou os companheiros envolvidos de aloprados.

Nada foi feito em acréscimo pelos órgãos investigadores e julgadores, além do ouvir obsequioso da indignada declaração do então presidente da República.

Preferiu-se, naquela ocasião, deixar de fora o responsável maior pela implantação dos esquemas de compra de votos no Congresso, para atender os interesses de propinas por parte dos homens de Lula e partidos da base. Como revelado mais tarde, tudo passava pela avaliação de Lula.

E assim, Lula deixou José Dirceu e Palocci, seus auxiliares mais próximos, assumirem suas culpas em silêncio.

O julgamento do mensalão foi um marco divisor da Justiça no País ao revelar um Congresso prenhe de parlamentares corruptos, chantagistas, sem qualquer interesse com o País.


Agora, todos estão unidos contra a Lava Jato
Desde então, o MPF e a PF trabalharam direcionados aos esquemas existentes na cúpula política com o Congresso e grupos econômicos e empresariais que obtinham vantagens ilícitas, em troca de propinas bilionárias.

Foi então que diversas operações de investigação da PF e MPF começaram a desvendar esquemas de propinas em contratos entre governo e empreiteiras, até chegar à Petrobrás.

A Lava Jato revelou à Nação o sistema de governo implantado pelo PT, que o ministro Gilmar Mendes chamou de cleptocracia, com planos de dominação e poder por muitos anos.

Na época, Gilmar tinha palavras de admiração para com a Operação Lava Jato, assim como os hoje investigados. Ninguém imaginava que a operação em andamento fosse alcançar outros partidos além do PT.

Em entrevista, considerando só as propinas obtidas nos contratos da Petrobras, o PT dispõe de R$ 2,4 bilhões para custear campanhas até o ano de 2030, considerando o custo de R$ 380 milhões gastos na campanha de Dilma em 2014.  

Desse modo, um arranjo pessoal entre Lula e a direção da OAS foi feito, com as usuais figuras de laranjas e sem qualquer registro oficial, para aquisição e adaptação do triplex a ele destinado, como parte das vantagens obtidas pela construtora junto ao governo.

Coisa pequena e trivial. Não podia dar errado... Mas deu, graças ao empenho, preparo, tenacidade e lucidez por parte dos membros da Força Tarefa da Operação Lava Jato e do juiz Sérgio Moro.


Três ferramentas foram fundamentais para alcançar os criminosos de colarinho-branco: as delações premiadas, os mandatos de busca e apreensão e as prisões cautelares. 

Após alcançar tal proficiência, a Justiça brasileira não pode voltar a ser condescendente como dantes, em que se tornara cúmplice da corrupção sistêmica e da impunidade institucionalizada, que trouxe o país ao atual estado de violência e insegurança.


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