No dia 3 passado, o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial ao PLC 164/2017, que concedia ás micros e pequenas empresas os mesmos benefícios dado às grandes e médias empresas, em Refis liberado pelo mesmo Temer sem maiores problemas.

Apesar de sua importância econômica e social, as micros e pequenas empresas não têm força de convencimento para $en$ibilizar os homens do presidente.
Foi necessária forte mobilização para obter dos parlamentares o veto de Temer. A Federação de Indústria do Estado da Bahia (Fieb) e os parlamentares baianos tiveram importante parcela para o sucesso da derrubada do veto presidencial. Assim, cerca de 600 micros e pequenos empresários serão beneficiados pelo Refis.
Fingimos não perceber o que fica à mostra nessas ocasiões o mesmo esquema de sempre, que beneficia poucos que têm muito e podem retribuir pelas medidas sancionadas em seus benefícios.
A desoneração da folha de pagamento de alguns setores também entra nesse esquema. Os escolhidos manterão, já os demais sofrerão com a oneração.
Justificativas não faltarão para que isso ocorra como se fosse medida normal de governo progressista. Mas no fundo - nem tão fundo assim - é um modo de obter propina, principalmente em ano de eleições.

As justificativas falaciosas são confusas, exatamente para revoltar o consumidor e evitar análise lúcida da questão.
Vejamos os principais argumento e contrapontos levantados, que deixam à mostra a falta de seriedade e de conexão com as reais condições ora existentes no Brasil.

2. Defasagem nos preços, devido aumento de custo das empresas geradoras e distribuidoras de energia, ainda desorganizado após subsidio dado pela presidente Dilma (foto).
Os contrapontos abaixo desmentem esses argumentos.
É visível a falta de fiscalização dos órgãos competentes aos serviços e contas das empresas geradoras e distribuidoras. Isso tem permitido cobranças indevidas, duplicadas e uma condição para que esse tipo de proposta que beneficia tão somente as empresas e os governantes, sem qualquer base factual ou melhora nos serviços, como elencado acima.
Isso vem ocorrendo por que os aumentos são dados sem que haja qualquer reação por parte dos consumidores, dos órgãos de defesa do consumidor nem dos parlamentares do Congresso Nacional... E com a leniência da turma da Aneel.
Parece pouco os valores lançados nas contas recebidas, mas levando em conta os milhões de usuários, um estudo adequado vai mostrar que são absurdos e desnecessários, servindo apenas para gerar propina aos gerentes, em ano de eleições.
Vale ressaltar que cerca de 45% do preço de energia é de impostos e taxas! Assim, dá para entender o interesse dos governantes que ganham dos dois lados: no caixa 1 e no caixa 2.
As tratativas da privatização da Eletrobras também conta no disfarce desse aumento lançado em balão de ensaio.
De acordo com o Ministério Público de Contas, que atua no Tribunal de Contas da União, já prevê que a venda das seis distribuidoras, incluídas no pacote da Eletrobras, provocará enriquecimento sem causa de agentes privados e aumento de tarifas ao consumidor.

A OI e suas manobras estão aí para desmentir essa lenda muito usada na privataria dos governos FHC.
Cadê a reação contra mais essa escorcha de governantes corruptos e de gerentes coletores de propina?
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