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domingo, 10 de julho de 2016

Os homens do ex-presidente

Nos últimos dias (27/6 a 9/7), assistimos espetáculo deprimente, encenado nos palcos do Judiciário por atores medíocres e descompromissados com roteiro constitucional que deveriam cumprir. 

O espetáculo inclui tudo o que não deveria ser apresentado nessa inimaginável tournée de delações, denúncias e prisões, pela qual passa o Teatro Brasil: saqueado, sacaneado, vilipendiado e empobrecido. 

Os membros da trupe da organização criminosa, não se disfarçam mais com máscaras de magistrados. Agora, revelam seus verdadeiros papeis em péssimas atuações. 

De acordo com a direção mambembe - mas muito experta - do ex-presidente Lulaláu, são oito os admitidos nessa tragédia institucional representada na Suprema Corte. 


Fazendo um exercício de avaliação, das atitudes reveladoras de caráter, dos pronunciamentos e votos, podemos identificar, em tese, quais seriam os oito mais prováveis "homens" do ex-presidente Lula, instalados no Supremo. 


Ricardo Lewandowski (2008) - por sua atuação como advogado de defesa dos criminosos denunciados no processo do mensalão - conforme o ex-ministro Joaquim Barbosa - é sem dúvida o mais votado. À época em que era presidente do Tribunal Superior Eleitoral  (TSE), sumiu com os pareceres do auditor Rodrigo Aranha Lacombe, rejeitando as contas do Partido dos Trabalhadores (PT) e da campanha eleitoral da reeleição de Dilma.¹ Atualmente, pediu para o secretário de segurança do STF para investigar os bonecos que o figuram em manifestações em S. Paulo.²

Luis Roberto Barroso (2013) - durante a declaração do seu voto sobre o processo de impeachment realizado na Câmara dos Deputados, cometeu falsidade ideológica ao vivo, ao omitir o final do texto (... e demais votações.) do Regimento Interno da Câmara, utilizado para sustentar seus argumentos. Por causa disso, teve um pedido de impeachment, entregue no Senado - que por norma dá número de protocolo no recebimento - mas que desta vez ficou no limbo das espertezas processuais, por muitos dias. Após protocolado, está "esquecido" até hoje. Nem o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo, apesar do governo Dilma ter renovado dia 29/12/15 - 12 dias após decisão sobre o Impeachment - contrato com empresa de pai do Ministro Barroso do STF. Parece capaz de qualquer coisa para atender orientações nada constitucionais.


Dias Toffoli (2009) - atualmente tem agido de forma a deter, desestimular e intimidar juízes que combatem a corrupção sistêmica, em São Paulo e no Rio. O objetivo parece ser evitar o aparecimento de novos sérgios moros. 


Teori Zavascki (2012) - responsável pelos processos gerados pela Operação Lava Jato, tem recebido muitas críticas dos cidadãos mais indignados, que não aceitam tanta demora nas definições dos processos contra os membros da organização criminosa que saqueia a Nação.


Edson Fachin (2015) - petista, em campanha declarou apoio à candidata Dilma Rousseff. como relator, elaborou voto impecável no processo que anulou todo o trabalho da Câmara dos Deputados, que resultou na aprovação do impeachment de Dilma. Foi omisso ao se calar intimidado por Roberto Barroso, que emitiu voto contrário aos argumentos bem alinhados por Fachin. 


Rosa Weber (2011) - citada por Lula em escuta telefônica para ser cobrada por Dilma, de quem dizem ter vínculo de amizade. Em decisões individuais tem se mantido equilibrada. Recentemente, voltou atrás da sua decisão inicial de não acatar pedido de liminar, e suspendeu mais de 40 processos abertos por juízes do Paraná, contra o jornal Gazeta do Povo e de cinco dos seus jornalistas que fizeram reportagem sobre os super-salários dos magistrados de lá. 
Nas decisões do pleno, em geral, acompanha a maioria. 

Cármen Lúcia (2006) - substituirá Lewandowski na presidência do STJ em setembro próximo. Tem perfil liberal. Votou a favor do aborto de nascituros com microcefalia, união gay, marcha pela liberação da maconha, da prisão do então senador Delcídio do Amaral. Quando foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2009 acionou o STJ com Ação Direta de Inconstitucionalidade  (Adin) contra lei aprovada no Congresso para a implantação do voto impresso. Como ministra do STF posicionou-se contra o voto impresso com argumento sui generis: Se hoje, já tem eleitor tirando foto da tela da urna eletrônica, para mostrar ao cabo eleitoral, imaginem o que farão com o voto impresso? Ahn! Lúcida, porém, foi a avaliação que fez das manobras que a organização criminosa vem realizando para tomar o poder e saquear os recursos públicos: "Houve um momento que a maioria de nós, brasileiros, acreditou, num mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois deparamos com a Ação Penal nº 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”.


Marco Aurélio Mello (1990) - faz questão de causar com seus argumentos, digamos, inusitados. Há três meses, decidiu que a presidência da Câmara deveria acatar o pedido de impeachment do vice-presidente Temer!? Por causa dessa decisão teve seu impeachment protocolado no Senado em 6.4.16, que foi arquivado por Renan Calheiro. Até hoje, não foi instado processo: os partidos não indicaram ninguém para a Comissão Especial!!! Desmoralização?


Celso de Mello (1989) - o chamado decano, semana passada atropelou decisão do plenário do Supremo, liberando da prisão réus já condenados em segunda instância, em sintonia com o acórdão para acabar com a Lava Jato e demais operações que investigam crimes cometidos contra os recursos públicos. Tem mostrado estar alinhado com os grupos de poder. Um pedido de impeachment de Marco Aurélio, feito ao Senado.


Gilmar Mendes (2002) - ficou marcado por, tempos atrás, liberar com velocidade recorde dois Habeas corpus favorecendo Daniel Dantas do Opportunity, Naji Nahas, Celso Pitta e mais 21 pessoas mais ou menos vips. Tem se posicionado contrário às demandas da organização criminosa que saqueia o País.


Luiz Fux (2011) - tem agido com relativo equilíbrio na turbulência institucional em andamento. Em 06.03.16 negou pedido do governo Dilma para cassar a liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse de Lula na Casa Civil. Em 31.05.16, teve um pedido de impeachment protocolado no Senado por cinco advogados, cujo teor seria divulgado no site da Casa, após leitura em plenário. Tal como a jovem que morava lá no morro e atendia pelo nome de Conceição, ninguém sabe, ninguém mais viu...


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JUIZ

por Carlos José Holanda Guedes


E segue esse joguinho truncado
Com tantas faltas e empurrões
O juiz já não dá mais nem cartões
E nosso "time" vai sendo roubado

Foi falta... e daí? Segue o jogo
A galera grita, xinga, vai à loucura
Não aguento mais essa tortura
Com tantas mutretas e desaforo

O campo não está nem alagado
Mas tem lama pra todos os lados
Todos sujos, pretos, igual ao juiz
Só tem ladrão, como se diz

Resta uma esperança nesse jogo
Para acabar com a falta de decoro
A galera vibra, pula, pede em coro
Que entre em campo o juiz Moro.

Fonte: 
http://charlesfonseca.blogspot.com.br/2016/06/o-juiz-carlos-jose-holanda-guedes-poesia.html#links


Notas: 

1. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/lewandowski-interferiu-em-processo-para-ajudar-o-pt-e-a-presidente-dilma

2. http://br.blastingnews.com/brasil/2016/07/boris-casoy-se-irrita-detona-stf-ao-vivo-e-decide-falar-a-verdade-001006283.html

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